Jornal do Carro
Quase todas as grandes marcas de automóveis da história têm seu museu – ou até mais de um. Entre os exemplos, há o da a Honda, em Motegi, no Japão, ou o da Porsche, em Stuttgart, na Alemanha. Sem uma longa história e carros emblemáticos que tenham se tornado cultuados no decorrer dos anos para justificar a criação de um museu, a Hyundai apostou na cultura automotiva para conceber o espaço MotorStudio, localizado em Goyang, cidade a 45 km de distância da capital sul-coreana, Seul.
O espaço, que é chamado pela montadora de centro de experiência, atrai visitantes individuais e grupos escolares – desde crianças pequenas até estudantes prestes a entrar na universidade. Com 64 mil m², ele foi criado usando elementos da nova identidade visual que estará em breve nas concessionárias da marca – o totem de entrada passará a ter a com marrom no lugar do azul.
Logo na entrada, o visitante é recepcionado por uma equipe bilíngue (fala inglês e coreano) e por um enorme showroom cor toda a linha de produtos da Hyundai, incluindo caminhões pesados e a gama de luxo, chamada de Genesis.
Atrações. Ao iniciar o “tour” guiado, o público se depara com uma enorme obra de arte, que se mexe e é formada por partes de carros produzidos pela Hyundai em todo o globo, inclusive em Piracicaba (SP).
Uma das atrações mais interessantes são simulações de parte de processos da linha de montagem, incluindo uma prensa, uma máquina de solda, pintura – seção em que pode-se escolher as cores que serão utilizadas – e braços robóticos de instalação de bancos dianteiros e para-brisas. Tudo isso é feito com a interação do visitante, que escolhe os movimentos do robô por meio de um painel.
Várias ativações são ligadas à segurança veicular. Há uma sala cheia de air bags. Nela, algumas das bolsas podem ser apertadas para desinflar e inflar novamente, mostrando o funcionamento do dispositivo em caso de acidente. Em uma sala ao lado, uma família de dummies, os famosos bonecos de crash test, estão à disposição para serem tocados após uma filmagem que mostra como ocorre o teste de colisão aplicado para atestar a segurança dos veículos.
Uma área toda voltada ao design mostra o efeito das luzes e do som sobre o carro e como são feitos os testes de aerodinâmica com vento sobre a carroceria. É possível ver uma réplica em miniatura do primeiro carro da marca, o Pony, e representações de motores e seus movimentos feitas com luzes sobre lâminas de vidro.
Outra atração dessa área é a sala com 1.411 postes que sobem e descem reproduzindo formas. Eles podem interagir com os movimentos dos visitantes, graças a uma série de sensores instalados no teto.
O final
A última parte do passeio leva o visitante para a área de competições, na qual ele pode ver, entre outras coisas, a reprodução de um salto recorde de 44 metros do Hyundai i20 durante uma prova na Suécia, do Campeonato Mundial de Rali (WRC). Uma réplica desse veículo também está presente na exposição.
A cereja do bolo é uma sala que parece um pequeno cinema. Nela, há um simulador coloca os visitantes a bordo do i20 WRC em trechos das pistas que ele compete no mundial de rali. Com o movimento das cadeiras e os óculos 3D, é possível ter a sensação de participar de uma prova off-road.
O local oferece ainda pontos de recarga para carros elétricos, como o Ioniq, no estacionamento do subsolo, uma loja para comprar lembranças da visita (camisetas, miniaturas e até sapatos especiais para dirigir), um restaurante e um café. (Jornal do Carro/José Antonio Leme, jornalista viajou a convite da Hyundai)