Metro Brasil
Logo ao ser lançado, o Fiat Argo chegou com a pompa de que brigaria pela liderança. Porém, a projeção da Fiat, de acordo com o diretor de marketing, Adriano Resende, é de que as vendas do modelo, somadas às do Mobi, Uno e residuais do Palio, levem a montadora para a liderança de comercialização no segmento de modelos compactos. O que é diferente de o Argo desbancar os líderes Onix e HB20.
Um dos trunfos do Argo é o modelo de entrada, equipado com o motor 1.0 de três cilindros. A Fiat acredita que a versão será responsável por 35% das vendas do hatchback. A reportagem do Auto Papo dirigiu a versão Drive, em Belo Horizonte. Em um circuito curto – sem explorar as subidas acentuadas da capital mineira. O compacto da Fiat rodou na média dos seus principais concorrentes quando comparado aos equipados com propulsores 1.0.
Apesar de ter um motor menos potente, que rende 72 cv quando abastecido com gasolina e 76 cv com etanol, quando comparado aos concorrentes (78 cv do Onix e 75cv do HB20, ambos com gasolina), a Fiat buscou o acerto elevando o torque, que é de 10,4 kgfm com gasolina e 10,9 kgfm com etanol. Superior ao do Onix (8,5 kgfm) e do HB20 (9,4 kgfm).
O acerto do motor permite que 80% do torque esteja disponível a 2.500 rpm, o que torna o propulsor silencioso. Ou seja, mesmo sendo pequeno para o porte do carro, o motor não esgoela ao arrancar em uma subida. Porém, o som característico dos motores tricilíndricos pode ser percebido no habitáculo, mesmo com os vidros fechados e o ar-condicionado ligado. Os mais maldosos associam o ronco desses motorzinhos com o barulho de cortadores de grama…
O câmbio manual de cinco marchas é bem articulado com o motor. Só não é viável obedecer as indicações de marcha no painel. Elas objetivam a redução de consumo de combustível, e, caso o motorista tente ser fiel às setas no Argo, vai deixar o carro frouxo.
Adriano Resende fez questão de frisar durante a apresentação para a imprensa a diferença entre performance e esportividade. O que o Argo 1.0 oferece, segundo ele, é performance, ou seja, uma adequação à proposta urbana original do modelo.
O consumo recebe dupla nota A do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, tanto para a ca- tegoria quanto comparado a todos os outros modelos Argo. De acordo com aferição, o consumo é de 9,9 km/l na cidade e 10,7 km/l na estrada, quando abastecido com etanol. Com gasolina o consumo médio é 14,2 km/l na cidade e 15,1 km/l na estrada.
A versão de entrada, Drive 1.0, é vendida por R$ 46,8 mil, mas não vem com equipamento de som. O opcional, que inclui som mais central multimídia, eleva o preço para R$ 48.790.
Apesar de não ter rádio, o Argo Drive 1.0 conta com os seguintes itens de série: ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, banco traseiro rebatível, chave canivete com telecomando para aberturas das portas, vidros e porta-malas, apoios de cabeça e cintos de três pontos para todos os ocupantes, direção elétrica progressiva, desembaçador do vidro traseiro, isofix, iluminação do porta-malas, limpador do vidro traseiro, predisposição para rádio (dois alto-falantes dianteiros, dois alto-falantes traseiros e dois tweeters e antena), sistema Start&Stop, travas elétricas, vidros dianteiros elétricos, volante com regulagem de altura e computador de bordo. (Metro Brasil)