Emplacamentos de caminhões e ônibus mantém cenário de queda

Frota & Cia

 

Em junho, o segmento de caminhões e ônibus apresentou uma alta de 5,63% no volume de licenciamentos, no comparativo com o mês anterior. Segundo a Fenabrave, que reúne os distribuidores de veículos, foram emplacados 5.742 produtos no período, contra 5.436 unidades contabilizadas em maio de 2017. Se comparado com junho do ano passado (5.386 unidades), o resultado aponta uma expansão de 6,61% mas, no acumulado do ano, o segmento encerrou com queda de 13,80%, resultado da comercialização de 27.925 unidades no primeiro semestre, contra 32.397 do mesmo período de 2016.

 

Com base nesse desempenho, a entidade reviu as projeções para o ano de 2017. O mercado de caminhões deve encerrar o ano com um volume estimado de 44. 510 unidades, queda de 11,5% ante o ano anterior. Os ônibus, por sua vez, devem totalizar 12.895 unidades emplacadas, o que representa um recuo da ordem de 5,5%. Para o mercado geral de veículos a retração projetada é de 1,9%, o que traduz um total de pouco mais de 3 milhões de unidades licenciadas no ano.

 

De acordo com o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr., os números refletem o momento delicado do setor de transportes. “As empresas de ônibus passam por grandes dificuldades em função do momento político e econômico, além da concorrência com a aviação e o transporte clandestino. Já o mercado de caminhões e utilitários sofre com a baixa demanda e as restrições de crédito para financiamento”. Segundo o dirigente, nem mesmo a supersafra foi suficiente para modificar o cenário do das vendas. Apesar do quadro sombrio, o profissional destaca um “aumento no número de pessoas interessadas em adquirir veículos”.

 

Para a economista Tereza Maria Fernandez, da MB Associados, a relativa tranquilidade da economia é um fato positivo. “O primeiro semestre mostrou melhorias em inúmeros indicadores. Não é o ideal ,mas sinaliza uma tendência de recuperação da economia. Segundo a profissional, seja qual for o cenário político futuro, o mais importante é que seja mantida a equipe econômica do atual governo”. (Frota & Cia)