Petrobras eleva diesel em 2,7% e gasolina em 1,8%

Reuters

 

A Petrobras decidiu nesta segunda-feira aumentar o preço médio do diesel nas refinarias em 2,7% e elevar o da gasolina em 1,8%, a partir de terça-feira, além de reduzir o valor do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) destinado ao uso industrial e comercial, informou a petroleira.

 

A empresa não detalhou os motivos para o movimento da gasolina e do diesel. O ajuste é o primeiro após a revisão feita em sua política de preços para ambos os combustíveis na semana passada, que busca aumentar a frequência de reajustes em uma tentativa de retomar participação de mercado.

 

Na sexta-feira, a Petrobras anunciou que daria certa liberdade para que a área de marketing e comercialização da empresa reajustasse as cotações na refinaria de forma mais frequente, inclusive diariamente.

 

A partir da nova orientação, que teve início nesta segunda-feira, a área técnica de marketing e comercialização da Petrobras poderá realizar ajustes sempre que achar necessário, dentro de uma faixa determinada por diretores – a orientação anterior era de reajuste ao menos uma vez por mês.

 

A mudança foi implementada após a empresa avaliar que os ajustes que vinham sendo praticados, desde o lançamento da nova política, em outubro de 2016, não estavam sendo suficientes para acompanhar a volatilidade crescente da taxa de câmbio e das cotações de petróleo e derivados.

 

Essa avaliação foi feita em meio a uma perda de participação de mercado de combustíveis pela Petrobras.

 

Preços do GLP

 

No caso do GLP, a Petrobras reduziu em média 5% os preços do insumo às distribuidoras em embalagens acima de 13 quilos, destinadas ao uso industrial e comercial, também a partir de terça-feira.

 

“O motivo principal para esse reajuste foi a queda das cotações do produto no mercado internacional”, explicou a empresa em nota à imprensa.

 

Em um comunicado, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) considerou positivo o ajuste de preços.

 

“A redução do preço para embalagens que atendem o comércio e a indústria é positiva, pois aproxima mais o preço interno dos valores praticados no mercado internacional para setores que necessitam de menores custos”, disse o sindicato.

 

Entretanto, o Sindigás ponderou que valor do produto para embalagens acima de 13 quilos ainda permanecerá 38% acima da paridade de importação, ou seja, “com margem para novas quedas”. (Reuters)