Pirelli, General Motors e Colgate deixam de operar na Venezuela

O Estado de S. Paulo/EFE

 

As empresas Pirelli, General Mortos (GM) e Colgate Palmolive anunciaram a suspensão de suas operações na Venezuela por falta de matéria-prima. Autoridades do país caribenho, por sua vez, informaram sobre um plano para “resguardar a estabilidade” dos trabalhadores.

 

A Pirelli anunciou em um comunicado divulgado na terça-feira pela imprensa local que paralisará sua produção na fábrica de Guacara, no estado de Carabobo, de “maneira indefinida” perante a “indisponibilidade” de matérias para a elaboração dos seus produtos.

 

No entanto, a fabricante de pneus indicou que o seu “compromisso com o país” lhe obriga a “realizar todas as gestões possíveis” para retomar as operações, apesar da crise.

 

A Colgate Palmolive, que faz produtos de higiene bucal e pessoal, anunciou no último 2 de junho a paralisação das suas linhas de produção de sabão em pó e detergentes por causa da escassez de matéria-prima, que é importada.

 

A produção de creme dental e sabonete também já haviam sido suspensas em fevereiro por falta de matéria-prima.

 

Estas paralisações se unem à já anunciada pela General Motors da Venezuela depois de um “amplo embargo” contra as suas instalações. O embargo foi emitido em meados de abril.

 

O ministro do Trabalho da Venezuela, Francisco Torrealba, disse que se tem estabelecido “contatos” com a força de trabalho da GM e da Colgate Palmolive para assegurar a continuidade dos funcionários de ambas fábricas, segundo o jornal “Correo del Orinoco”.

 

Torrealba assegurou que o governo venezuelano não deve ocupar ou expropriar a fábrica. A direção da montadora de veículos afirmou que a decisão de encerrar operações é “irreversível”.

 

As paralisações ameaçam piorar a prolongada crise econômica que assola a nação sul-americana desde a forte queda dos preços do petróleo iniciada em 2014. Isso porque o recurso natural rende ao país quase 96% dos seus investimentos.

 

A companhia aérea United Airlines anunciou na segunda-feira a suspensão dos voos diretos de Houston até Caracas, em função da baixa demanda. “Devido ao fato de que o nosso voo de Houston a Caracas não está atendendo as expectativas financeiras, decidimos suspender o serviço a partir de 1º de julho”, disse o porta-voz da companhia, Jonathan Guerin. (O Estado de S. Paulo/EFE)