DCI/Agência Estado
O indicador de nível de atividade (INA) da indústria paulista caiu 0,5% em fevereiro ante janeiro com ajuste sazonal. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 30, pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp). Em janeiro, o dado também havia sido negativo, mas com a revisão, divulgada nesta quinta pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp/Ciesp, passou de recuo de 0,7% para alta de 0,1%.
Sem ajuste sazonal, o indicador registrou queda de 5,1% em fevereiro ante o mesmo mês de 2016, ano que foi bissexto, como destaca a assessoria de imprensa da Fiesp. Já no acumulado de 12 meses finalizados em fevereiro, o INA recuou 7,8%.
Em nota à imprensa, o diretor do Depecon, Paulo Francini, afirma que os dados de fevereiro não anulam o saldo de dezembro e janeiro, que apresentaram altas de 3,5% e 0,1%, respectivamente. “Porém, a recuperação ainda será lenta, gradual e turbulenta. Não devemos nos surpreender com solavancos”, escreveu.
De acordo com o comunicado, todos os indicadores de conjuntura que compõem o INA tiveram queda em fevereiro. Como aconteceu em períodos anteriores, o destaque negativo na formação do resultado de fevereiro foi a variável total de vendas reais (-0,8%). Em seguida, aparece a variável horas trabalhadas na produção e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), que recuaram 0,5% e 0,5 ponto porcentual, respectivamente.
Em relação ao uso da capacidade instalada, o nível médio de utilização em fevereiro com ajuste sazonal ficou em 74,9%, o que representa uma leve queda em relação a janeiro (75,4%). O Nuci estava em 73,3% em fevereiro de 2016 na medida com ajuste sazonal.
Sensor
A pesquisa Sensor, que tenta antecipar o resultado do mês corrente, fechou em 50,5 pontos em março, na série sem influências sazonais. Em fevereiro, havia atingido 50,6 pontos. Esse resultado sinaliza discreta melhora da atividade industrial no mês, já que ficou acima da marca de 50 pontos.
Entre os indicadores que compõem o Sensor, a melhora das condições do mercado de trabalho (de 52,4 pontos em fevereiro para 53,7 pontos em março) foi o destaque, segundo o Depecon. Pela metodologia da pesquisa, resultados acima dos 50,0 pontos indicam expectativa de admissões para o mês.
Apesar do dado positivo sobre empregos, o indicador sobre as vendas desapontou, pois indicou uma queda de 5,7 pontos, passando de 55,0 pontos para 49,3 pontos. O indicador de mercado também teve avanço, passando de 51,7 pontos no mês passado para 52,9 pontos neste mês. (DCI/Agência Estado)