Cuide bem dos limpadores de para-brisa

Jornal do Carro

 

Trepidação, ruídos, falha na limpeza. Esses são alguns dos sintomas que denunciam o momento de trocar as palhetas do limpador de para-brisa.

 

A borracha dos limpadores pode se deteriorar tanto pelo uso (desgaste causado pelo excesso de atrito com o vidro) quanto durante o período de seca. Isso porque, de acordo com a Bosch, mesmo sem uso o material fica sujeito a maior incidência de sol e raios UV, o que diminui sua durabilidade. Bosch e Dyna recomendam a troca das palhetas ao menos uma vez por ano.

 

Já o diretor de segurança veicular da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Marcus Vinicius Aguiar, sugere que o motorista observe se a área de varredura está perfeita, sem deixar rastros de água que a borracha não está limpando.

 

Além disso, a trepidação do limpador sobre o vidro gera não só falhas na limpeza como também barulho. O diretor da AEA alerta para o fato de que palhetas desgastadas podem causar riscos no para-brisa, com danos irreversíveis ao vidro e prejuízo bem maior.

 

Veículos que ficam muito tempo parados sob o sol tendem a apresentar deformação na borracha, sintoma que pode ser solucionado com o acionamento esporádico de jato de água e dos limpadores, para hidratação do componente.

 

Utilização de produtos químicos como querosene pode causar ressecamento da borracha. Os fabricantes recomendam que a limpeza seja feita somente com água.

 

Manter os limpadores acionados com o para-brisa seco pode forçar o motor elétrico e aumentar o desgaste da borracha.

 

Os preços variam muito, de acordo com critérios como fornecedor, carro e tipo do limpador (com suporte metálico, mais antigo, ou “flat blade”, inteiramente de borracha, encontrado nos veículos mais atuais). Para o Chevrolet Onix 2013, o par custa R$ 86,90, enquanto para o Honda Civic 2014 ele sai por R$ 181,80 na Mercadocar (2206-5000).

 

Atenção com a água 

 

Os limpadores são componentes sujeitos a desgaste natural, mas com alguns cuidados é possível elevar sua durabilidade, sem comprometer a segurança.

 

O diretor da AEA Marcus Vinicius Aguiar alerta para o fato de que o reservatório do limpador deve ser mantido cheio, e com aditivo (detergente) de qualidade. Isso porque a água pura não consegue remover partículas de óleo e gordura que eventualmente respingam no vidro.

 

Além disso, o detergente é especialmente útil em estradas, pois nessa situação o vidro do para-brisa costuma ficar sujo por causa de insetos. Nesse caso, o ideal é realizar a limpeza antes que os vidros sequem. (Jornal do Carro)