Revista Frota & Cia
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou nesta terça-feira a primeira “Pesquisa CNT Perfil dos Motoristas de Ônibus Urbanos”, com informações gerais sobre a atividade e os profissionais. Na amostragem, foram entrevistados 1.055 motoristas em 12 estados, entre os dias 6 e 19 de dezembro de 2016.
Os motoristas responderam questões sobre rotina de trabalho, tecnologia, segurança, saúde, entre outros temas. As entrevistas foram feitas nas garagens das empresas e em terminais rodoviários. O levantamento mostra que a maioria dos motoristas (77,5%) dirige veículos com algum sistema de rastreamento (67,8%) para orientação; roda, em média, 151,9 km por dia; trabalha 8,3 horas diariamente e 5,9 dias por semana. A média de idade dos veículos é de 5,3 anos.
Um quarto dos entrevistados (24,5%) está há mais de dez anos na mesma empresa e 75,5% dizem que estão satisfeitos e não têm vontade de trocar de emprego. Ao falarem por que atuam na atividade, 70,6% afirmam que gostam de dirigir ônibus urbanos e 33,0% dizem que essa profissão oferece um salário melhor do que outras.
A maioria dos entrevistados (70%) possuía outra profissão anteriormente e acredita que a situação financeira melhorou ao começar a trabalhar como motorista profissional. O tempo médio em que os profissionais estão na área é de 12,1 anos e 68,7% atuam no segmento há mais de cinco anos.
Entre os pontos negativos, 57% destacaram que a profissão é desgastante, outros 35,9% consideram uma profissão perigosa e 19,8%, arriscada, devido à possibilidade de acidentes. Em relação à segurança, quase um terço (28,7%) diz ter sido vítima de assalto pelo menos uma vez nos últimos dois anos e 3,1% informaram que neste mesmo período o ônibus sofreu incêndio proposital ou alguma tentativa. Um terço (33,2%) se envolveu em pelo menos um acidente nos últimos dois anos.
Em relação as condições de infraestrutura, o pavimento das ruas e avenidas foi considerado regular, ruim ou péssimo para 77,6% dos entrevistados. Em relação à fluidez do tráfego, 81,8% relataram que há problemas. As principais reivindicações dos motoristas são a maior segurança policial (61,7%), a necessidade de pontos de apoio ao motorista com mais conforto e estrutura (33,7%), vias especiais exclusivas para ônibus (29,4%) e a redução dos custos de aquisição da carteira de motorista (24,5%). (Revista Frota & Cia)