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A PSA Peugeot Citroën quer entrar de forma agressiva em um segmento que o grupo ainda possui pouca expressão no País: o de veículos comerciais. A estratégia inclui expandir as vendas no Brasil e dobrar o volume comercializado na América Latina até 2021.
“Apesar de sermos líderes do segmento na Europa, nossas marcas são pouco conhecidas no País. Mas vamos trabalhar para reverter esse quadro”, afirmou na última segunda-feira (13) o vice-presidente de veículos utilitários América Latina da PSA, Frédéric Chapuis.
Em 2016, o grupo vendeu 30 mil veículos utilitários na região. “Até 2021, queremos emplacar 60 mil unidades”, acrescenta o executivo. Ele conta que, no Brasil, a participação de mercado da PSA no segmento de furgões é de apenas 0,7%. “Sabemos que nossos competidores são muito fortes e que nós temos um trabalho de longo prazo a ser feito”, destaca Chapuis.
Os principais concorrentes da PSA são a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e a Renault, que possuem a grande maioria do share nas categorias de furgões e vans. A Mercedes-Benz também atua neste segmento.
“Montaremos uma estrutura voltada especificamente para o negócio de veículos comerciais”, garante Chapuis.
Ele revela que, dentro das concessionárias do grupo já existentes, haverá um espaço dedicado exclusivamente ao segmento profissional.
“Hoje, estamos em 15 das 25 principais praças do País. Até o final do ano, devemos estar em todas”, destaca.
Chapuis observa ainda que a PSA terá seis modelos de veículos utilitários em sua rede até o final de 2018. Segundo a companhia, a gama atenderá a todas as categorias. “O Brasil é um continente e precisa ter uma estrutura dedicada para o segmento”, comenta.
Desafios
O executivo da PSA afirma que um dos principais obstáculos para a empresa, atualmente, é a crise. “Será um desafio mostrar aos concessionários como é importante investir no segmento em um momento de profunda retração econômica”, pondera Chapuis.
Ele não prevê crescimento para o setor automotivo em 2017, inclusive no negócio de veículos comerciais, mas se diz otimista. “O mercado brasileiro vai voltar a crescer e nós seremos ambiciosos tanto em produtos quanto em serviços”. (DCI/Juliana Estigarríbia)