Jornal do Carro
Os executivos do Grupo Volksvagen precisam prestar atenção para onde viajarão, pois promotores dos Estados Unidos e da Coreia do Sul indiciaram diversos líderes da empresa por causa do escândalo de emissões de motores à diesel. De acordo com a Reuters, a equipe de advogados da empresa aconselhou os executivos a não saírem da Alemanha, incluindo quem não está na mira da justiça. A prisão de Oliver Schmidt, em 7 de janeiro, é um exemplo do que pode acontecer com os chefões da montadora. Schmidt voltava para a Alemanha, após passar as férias em Cuba, e foi preso no Aeroporto Internacional de Miami. O executivo esteve à frente do setor de compras da Volkswagen nos Estados Unidos entre 2014 e 2015 e foi indiciado por conspiração e fraude contra os Estados Unidos. Sem direito a fiança, ficará preso aguardando julgamento.
O departamento de justiça americano também indiciou Heinz-Jakob Neusser, Jens Hadler, Richard Dorenkamp, Bernd Gottweis e Jürgen Peter, por fraude, violações de leis ambientais e gestão fraudulenta. Além de Schmidt, os promotores americanos acreditam que todos os procurados estão na Alemanha. Separadamente, a justiça sul-coreana acusou sete outros executivos, incluindo Johannes Thammer, chefe da Volkswagen Coreia. Na última quarta-feira (11), a Volkswagen aceitou pagar 4,3 bilhões de dólares para encerrar três processos judiciais e vai precisar reformular seu programa de ética, com a ajuda de uma empresa independente. A montadora também comprará de volta carros com motores 2.0 e 3.0 movidos a diesel. (Jornal do Carro)