Fiat Chrysler é acusada de burlar testes de emissões

O Estado de S. Paulo/Agências Internacionais

 

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) acusou nesta quinta-feira, 12, o grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA) de utilizar um software que permitiu o excesso de emissões de poluentes em 104 mil caminhonetes e SUVs movidos a diesel e vendidos desde 2014.

 

O anúncio ocorre em um momento de forte investigação das emissões depois de a montadora alemã Volkswagen ter admitido que adulterou testes de 580 mil veículos nos EUA. Nesta semana, a VW fechou um acordo para pagar US$ 4,3 bilhões em multa cíveis e criminais pelo envolvimento na fraude.

 

De acordo com a investigação atual, há evidências de que um software de controle de emissões não declarado permitiu que os veículos gerassem um excesso de poluição, infringindo a legislação.

 

Em resposta, o grupo FCA disse estar decepcionada com as afirmações da EPA e que seus motores a diesel atendem aos requisitos exigidos pelos reguladores.

 

A investigação envolve 104 mil unidades da picape Jeep Gran Cherokee vendidas entre 2014 e 2016 e da Dodge RAM 1500, ambas com motores 3.0 a diesel.

 

As ações da companhia na Bolsa dos Estados Unidos e em Milão despencavam nesta tarde.

 

A empresa pode ter de pagar multa de US$ 44 mil por veículo se ficar provado de que as regras contra emissões foram violadas. (O Estado de S. Paulo/Agências Internacionais)