Jornal do Carro
As vendas de automóveis e comerciais leves no Brasil tiveram queda de quase 20% no ano passado, na comparação com 2015. Boa parte das marcas que atuam no País registraram resultados ainda piores, de acordo com cálculos feitos pela reportagem a partir de números divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Duas montadoras, no entanto, conseguiram obter crescimento nos emplacamentos.
O maior foi, de 41,3% foi o registrado pela Jeep, que comercializou 59.046 veículos em 2016. A marca teve o primeiro ano de cheios para o Renegade, que começou a ser feito no Brasil em 2015. Além disso, no início de novembro, lançou o Compass, que logo se mostrou um fenômeno de vendas.
O crescimento da Toyota foi mais discreto, de 2,61%, com 180.416 unidades vendidas. A maioria dos modelos da marca feitos no Mercosul foi bem, com destaque para o Corolla, quinto veículo mais vendido do Brasil em 2016. O Etios, após anos na obscuridade, também atraiu mais consumidores após receber mudanças, no primeiro semestre.
No ranking das quedas, foi a Fiat a marca que registrou a maior entre as dez mais bem colocadas do ranking. A ex-número 1 do País, que fechou 2016 no segundo lugar, vendeu 304.980 carros, 30,6% a menos que em 2015. Além de não ter alcançado o sucesso esperado com o Mobi, a Fiat tirou muitos modelos de linha no ano passado – a maioria ainda não foi substituída.
Fora do “top 10”, merecem destaques entre as quedas a Mitsubishi (39,4%), a Suzuki (34,4%) e a Kia (32,3%). As montadoras de carros de luxo, por sua vez, pagaram o preço de um excelente 2015 com uma queda acentuada em 2016.
A Mercedes-Benz vendeu, no ano passado, 35,4% a menos que em 2015. No caso da Audi, a queda foi de 33,9%. BMW e Land Rover registraram perdas nas vendas de 25,2% e 24,1%, respectivamente.
Já as marcas com quedas menos acentuadas foram Nissan, com 0,53%, Peugeot, com 3,23%, e Hyundai, com 3,33%. (Jornal do Carro)