O Estado de S. Paulo
Presidente da aliança Renaut-Nissan, Carlos Ghosn anunciou na última quinta-feira, 5, durante a CES, maior evento de tecnologia do mundo que acontece até o próximo dia 8, em Las Vegas, novas iniciativas para implementar funcionalidades de condução semiautônoma na linha de carros elétricos Leaf. Entre elas, está a possibilidade de usar um sistema de piloto automático capaz de permitir intervenção humana à distância em caso de problemas graves com carros sem motoristas.
Um dos principais desafios dos carros sem motoristas é saber o que fazer quando o automóvel se encontra em uma situação grave e não conta com alguém para tomar iniciativas dentro do carro para evitar um acidente. A ideia da Nissan, então, é criar a função de gerente de mobilidade. Esta pessoa poderia examinar as imagens dos veículos e dados de sensores e decidir o que irá ser feito. O sistema, chamado de SAM, é inspirado em ferramentas da NASA para condução de veículos em Marte.
Além do SAM, a Nissan também anunciou que irá colocar funcionalidade de condução semiautônoma na próxima versão de seus carros elétricos, o Leaf. Segundo a montadora, esta tecnologia permite que o veículo conduza sozinho por uma estrada enquanto permanecer na mesma faixa.
Os testes serão iniciados no Japão, em colaboração com uma empresa local, a DeNA. O objetivo é transportar pessoas nestes carros em Tóquio até 2020.
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No mesmo dia, a Hyundai apresentou um carro autônomo “popular”. Ao invés de vários incrementos luxuosos e ferramentas de alta tecnologia, o veículo, chamado de Ioniq, é um sedã de tamanho médio. “Ioniq é um carro normal, não um projeto científico”, afirmou o vice-presidente da Hyundai para a América do Norte, Mike O’Brien, em uma demostração realizada para a agência de notícias AFP. “Nós acreditamos na democratização da tecnologia”.
Na demonstração, o Ioniq usou a seta, mudou de pista, parou no sinal vermelho, deu passagem a pedestres e freou quando um veículo à sua frente parou bruscamente. A Hyundai não disse quando pretende levar o carro para clientes finais. (O Estado de S. Paulo)