BNDES anuncia incentivo para ônibus não poluentes

Diário do Transporte

 

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou nesta quinta-feira, 5, mudanças nas linhas de financiamento e novas políticas operacionais. O banco criou um departamento de monitoramento e avaliação que vai apresentar as metas que os empreendimentos financiados pelos bancos terão de cumprir, como prazos, retornos à comunidade e viabilidade. Ônibus não poluentes ganharão prioridade, mas só a partir de 2018 a vantagem será mais significativa, com a redução dos incentivos sobre ônibus diesel.

 

Na prática, a transferência de vantagens dos coletivos a diesel vai financiar as condições para a compra de trólebus, ônibus elétricos, ônibus híbridos, ônibus a etanol, ônibus com células de hidrogênio, ônibus a gás natural veicular, ônibus a etanol, entre outros.

 

Além disso, a participação da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que hoje está em 7,5% ao ano, será definida em cada projeto ou bem, de acordo com os benefícios econômicos, sociais e ambientais dos projetos e bens.

 

A participação máxima da TJLP nos financiamentos será de 80%. A cobertura de até 30% será para expansão de capacidade produtiva, de 60% para desenvolvimento territorial de estados, municípios, saúde, educação e cultura (no atendimento privado), difusão de tecnologia e conhecimento e produção de alimentos e biocombustíveis. Já a cobertura de 80% vai para a inovação, meio ambiente, Micro e Pequenas Empresas, além de educação, saúde, segurança e assistência social (no atendimento público), modernização da administração pública entre outros.

 

Alguns setores terão ampliação da parte da TJLP nos financiamentos, como transporte de biocombustíveis, cuja TJLP incidirá em 80% do financiamento, hoje está em 70% da linha. Outros segmentos terão redução da participação da TJLP como energia termoelétrica e gás natural, que passa dos atuais 70% para 50%.

 

Dentro das mudanças anunciadas nesta quinta-feira, o prazo do financiamento pelo Finame passa dos atuais cinco anos para 10 anos e conta agora com três linhas: aquisição de bens de capital (o que inclui o ônibus e caminhões), produção e modernização. Ou seja, o Finame poderá ser pago durante toda a vida útil do ônibus, que hoje em média, é de 10 anos nos principais sistemas. (Diário do Transporte)