Reuters
A produção de gasolina nas refinarias brasileiras cresceu 8,4% entre janeiro e março, ante os mesmos meses de 2015, ao acompanhar um ligeiro aumento das vendas do combustível fóssil, que ganhou no período competitividade em relação ao seu principal concorrente, o etanol hidratado.
No primeiro trimestre, o Brasil produziu 42 milhões de barris de gasolina A (pura), informou nesta sexta-feira a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Para vender aos consumidores finais, a gasolina A é acrescida de etanol anidro para a produção de gasolina C, vendida nos postos de combustíveis em todo o país. A gasolina C concorre com o etanol hidratado no abastecimento de carros flex.
As vendas de gasolina C avançaram 1,4% entre janeiro e março ante um ano antes, para 66,13 milhões de barris, ganhando competitividade em relação ao etanol hidratado, cujas vendas recuaram 12,3% na mesma comparação, para 21,9 milhões de barris, segundo dados da ANP.
Em março, a produção de gasolina A foi ainda mais importante, com avanço de 17%, ante o mesmo período do ano passado, para 14,42 milhões de barris.
A vantagem do combustível fóssil teve a contribuição do aumento dos preços do etanol nos postos, em período em que a oferta do biocombustível é menor. Agora a safra do centro-sul já está em desenvolvimento, que tende a pressionar as cotações do etanol.
Em quatro semanas de março, em todas as regiões do país, o preço do etanol hidratado estava, em média, acima de 70% o valor da gasolina, tornando o combustível renovável desvantajoso para consumo.
Já a produção de diesel, importante termômetro da atividade econômica do país, caiu 4,7% nos primeiros três meses do ano, para 75,44 milhões de barris. Em março, houve queda de 3,7%, para 24,64 milhões de barris ante um ano antes. (Reuters)