MVC lança novos processos para produção de componentes para o setor eólico

Coisas de Agora

 

O inovador processo denominado RTM Skin, permite a produção de componentes de grande porte (as maiores peças em compósitos produzidas pela empresa), com melhor produtividade, acabamento e menor impacto no meio ambiente.

 

Segundo Gilmar Lima, diretor-geral da MVC, o novo processo, assim como os já consolidados processos de infusão e RTM Light, estão sendo utilizados para a produção de conjuntos de aerogeradores do modelo G114 2.1 MW (conversores de energia eólica em elétrica) para a Gamesa Eólica Brasil, na Bahia. “O projeto da nova peça foi elaborado pela engenharia da Gamesa, na Espanha. Com o auxílio da equipe da MVC, foram desenvolvidos métodos e processos para ser fabricada no Brasil, atendendo os requisitos de qualidade e disponibilidade de materiais do mercado nacional”, explica.

 

Os materiais utilizados nas peças são tecidos de fibra de vidro, núcleos, resina ortoftálica e gel coat isoftálico. Por se tratar de um produto em gel acabado, a peça deixa o molde com acabamento final, sem nenhuma necessidade de pintura. Também são utilizados componentes metálicos e fixadores que fazem parte da montagem posterior.

 

“A grande vantagem destes processos é que permitem fabricar um aerogerador de dimensões maiores, com menor impacto ambiental, e com qualidade excepcional”, avalia Gilmar Lima. “Estamos nos antecipando e atendendo à nova tendência existente no mercado de criação de máquinas cada vez maiores. A carcaça da nova Nacelle (palavra utilizada para definir o corpo do aerogerador) que estamos produzindo para Gamesa é a maior peça em compósitos já fabricada pela MVC”.

 

A carenagem do rotor dos aerogeradores (Spinner) – local onde há o acoplamento das pás – é desenvolvida e produzida pelo processo de infusão, apropriado para peças grandes – cada spinner possui mais de 4 m de altura – e alto teor de fibra. O procedimento de fabricação da MVC permite a obtenção de componentes que oferecem padrões de desempenho mais elevados e acabamento superficial, maior resistência a intempéries e melhores propriedades mecânicas (resistência e durabilidade).

 

A MVC estuda o mercado de energia eólica desde 1998 quando, com apoio do FINEP e da PPE (Centro de Tecnologia Francês, atualmente denominado Composite Integrity), desenvolveu um novo conceito para a fabricação, em compósitos, das pás e dos demais componentes. (Coisas de Agora)