Agência Estado/Dow Jones Newswires
O órgão havia aberto investigação sobre a publicidade da montadora alemã em outubro, semanas após a companhia admitir que instalou, em cerca de 600 mil veículos vendidos nos EUA, um software que enganava os testes de emissão.
A queixa por propaganda enganosa foi registrada na corte federal de San Francisco, onde outras queixas contra a Volks sobre o mesmo caso foram consolidadas. Como parte desse litígio, a FTC pode integrar qualquer acordo que seja feito com a montadora. Sozinha, a FTC não tem autoridade de impor multas.
A queixa apresentada à corte de San Francisco afirma que a Volkswagen dos Estados Unidos gastou dezenas de milhões de dólares em anúncios que mentiam aos consumidores ao afirmar que os veículos movidos a “diesel limpo” da montadora tinham baixas emissões, estavam de acordo com os padrões federais e eram ambientalmente amigáveis, o que dava a eles um alto valor de revenda.
Em um dos anúncios selecionados pela FTC, a montadora afirma que as emissões de óxido de nitrogênio foram reduzidas em 90%, menos do que os veículos à gasolina. Na realidade, de acordo com a denúncia, esses carros adulterados emitiam até 4.000% a mais do que o limite legal do poluente nos EUA.
O juiz federal que atua sobre o caso tem pressionado a montadora a firmar um rápido acordo sobre o caso, dando até o dia 21 de abril para a Volkswagen apresentar uma proposta concreta sobre como planeja consertar os veículos adulterados.
Hoje, a Volks afirmou que “continua a cooperar com os órgãos reguladores norte-americanos” e que a sua prioridade é “encontrar uma solução sobre a questão das emissões de diesel e recuperar a confiança dos consumidores”. (Agência Estado/Dow Jones Newswires)