Auto Estrada
Em tempos de carros “verdes”, que precisam emitir cada vez menos poluentes para atender à legislação ambiental, os modelos híbridos e sobretudo os elétricos têm se destacado no setor automotivo, embora ainda sejam minoria na comparação com os veículos convencionais, movidos a motor a combustão.
Mas essa nova fase de automóveis sustentáveis não está restrita a essas tecnologias. Aos poucos, montadoras, especialmente as japonesas, têm aumentado o investimento para desenvolver sistemas de propulsão baseados em célula de combustível, solução ainda cara, mas que promete ficar mais em conta no futuro, à medida que for se popularizando.
Esses carros, na verdade, usam motor elétrico para rodar, mas são abastecidos com hidrogênio – o gás, armazenado em um tanque sob alta pressão, passa por processos físico-químicos para gerar a eletricidade necessária para rodar. Esse é o caso do novo Honda Clarity Fuel Cell, exibido como protótipo em salões automotivos e que nesta semana começa a ser vendido no Japão.
Modelo tem capacidade para cinco ocupantes
De acordo com a Honda, o Clarity traz um trem de força extremamente compacto e oferece autonomia de impressionantes 750 km com um abastecimento completo do reservatório de hidrogênio, que é realizado em cerca de três minutos em alguns (poucos) postos adaptados no território japonês.
Segundo a fabricante, a autonomia informada é 30% maior na comparação com o Honda anterior com célula de combustível. Inicialmente, o novo Clarity Fuel Cell terá apenas 200 unidades produzidas emTakanezawa, exclusivamente para o mercado japonês, mas seu lançamento na Europa e nos Estados Unidos está em avaliação e poderá acontecer, dependendo da demanda.
Além da grande autonomia e da emissão zero de poluentes, o novo automóvel da Honda pode abastecer uma casa com família de porte médio durante cerca de sete dias, associado a um “dispositivo portátil de energia externa”. A potência do motor elétrico é de 130 KW (aproximadamente 177 cv).
O preço sugerido do modelo no Japão corresponde a US$ 67 mil (cerca de R$ 240 mil na conversão direta). (Auto Estrada/Alessandro Reis)