UOL Carros
A Volkswagen terá de fazer o recall de cerca de 100 mil carros com motores a diesel na Austrália, como consequência da fraude eletrônica que permitia a modelos com este tipo de motorização burlarem testes de emissão de poluentes.
De acordo com a agência “Reuters”, quase 2/3 das unidades convocadas são de veículos comerciais leves da Volkswagen. Há ainda 5 mil carros da subsidiária checa Skoda envolvidos.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, autoridades da Califórnia deram prazo até o dia 20 de novembro para que a fabricante divulgue como vai reparar as unidades com motor a diesel envolvidas na fraude. O Estado é um dos maiores mercados da Volkswagen e de outras marcas que apostaram em motorizações alternativas (híbridos, elétricos e também a diesel) para apresentar índices de consumo e emissões mais racionais.
De forma geral, a Volkswagen já havia dito que não iniciaria qualquer convocação e reparo de modelos antes de janeiro de 2016, prazo válido para EUA e países da Europa, e que nos EUA os reparos não seriam terminados antes de 2017, declaração que não agradou aos membros da comissão que avalia a qualidade do ar na Califórnia.
Este ultimato californiano marca um total de 45 dias desde que a Volkswagen admitiu a fraude ligada aos motores a diesel e se comprometeu a fazer ajustes e a reparar danos a governos e consumidores. Além disso, o Estado deixou claro, segundo a agência “Automotive News”, que começará a testar também modelos da marca com motor a gasolina para saber se o dispositivo que mascara índices de poluição está instalado também nestas unidades.
Fora a troca de altos executivos, a fabricante admitiu que até 11 milhões de carros a diesel em todo o mundo podem estar afetados (cerca de 500 mil nos EUA) e que o total de gastos com reparos, indenizações e multas pode passar dos US$ 20 bilhões. (UOL Carros