Reuters
Em tentativa de responder ao escândalo de fraude em testes de emissão de poluentes por motores a diesel, nos Estados Unidos e outras partes do mundo, a Volkswagen sinalizou, nesta terça-feira (29), que fará um recall dos 11 milhões de veículos que usaram um programa eletrônico para burlar os índices.
Segundo o recém-nomeado presidente-executivo do grupo, Matthias Mueller, a montadora alemã desenhou um “amplo” plano de reparo a ser submetido a reguladores, com a meta de garantir que os modelos movidos a diesel se adequem aos padrões exigidos pelas autoridades de diversos países.
Ainda de acordo com o novo chefão, a montadora pedirá, “nos próximos dias”, que clientes levem seus veículos a diesel equipados com o software manipulado para as concessionárias. As autoridades seriam informadas acerca dos procedimentos de consertos técnicos até outubro.
A medida foi definida em reunião a portas fechadas com cerca de mil gestores na sede da Volkswagen, em Wolfsburg (Alemanha), no fim da última segunda-feira (28).
A companhia está sob enorme pressão para enfrentar sua maior crise corporativa em 78 anos de história. O regulador alemão KBA estabeleceu 7 de outubro como prazo para que a montadora apresente um plano para alinhar as emissões de poluentes de motores a diesel com a legislação.
Dos 11 milhões de veículos envolvidos no escândalo, 5 milhões são da própria marca Volkswagen, sendo 2,1 milhões da Audi e 1,2 milhão da divisão tcheca Skoda. (Reuters/Andreas Cremer)