O Estado de S. Paulo
Com a retração na atividade e o aumento da ociosidade, as indústrias brasileiras continuam demitindo, de acordo com os indicadores industriais divulgados nesta terça-feira, 1, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a pesquisa, o emprego recuou pelo sexto mês consecutivo, ao cair 0,8% em julho ante junho, na série dessazonalizada. Na comparação com julho de 2014, a queda foi de 6,3%. Já no acumulado do ano, o recuo do emprego foi de 4,9% ante os sete primeiros meses do ano passado.
A diminuição do mercado de trabalho atingiu a massa salarial e o rendimento dos trabalhadores. Segundo a pesquisa, a massa salarial real teve redução de 2,5% em julho ante junho, na série dessazonalizada, e caiu 7,4% ante junho de 2014. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, a massa salarial real teve queda de 4,7% ante o mesmo período de 2014.
O rendimento médio real caiu 1,6% em julho ante junho e teve redução de 1,2% em julho ante o mesmo mês de 2014. No acumulado do ano, entretanto, o rendimento médio real, apresenta uma ligeira alta, de 0,2%, na comparação com os primeiros meses de 2014.
As horas trabalhadas na produção caíram 2,3% em julho ante junho, a sexta redução seguida no indicador. Na comparação com julho de 2014, a queda é ainda mais expressiva: 10,9%. Já no acumulado do ano, as horas trabalhadas na produção caíram 9% ante janeiro a julho do ano passado.
O nível de capacidade instalada na indústria brasileira ficou em 78,6% em julho ante 79,5% em junho, na série dessazonalizada. Com o recuo de 0,9 ponto porcentual na variação mensal, o indicador registrou o menor patamar para a série histórica, que começou em janeiro de 2003. Em julho de 2014, a utilização da capacidade instalada era de 81,5%.
O faturamento da indústria teve queda de 0,2% em julho na comparação com junho e recuou de 6,7% em relação a julho de 2014. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o faturamento real da indústria caiu 6,5% ante o mesmo período de 2014. (O Estado de S. Paulo/Carla Araújo)