Paulo Ricardo
Santos Pereira
“Um dia eu vou trabalhar lá”, Paulo dizia, ao olhar para a torre da antiga Albarus. Mas não imaginava que viveria mais de 29 anos de dedicação nessa empresa. De todo este tempo, uma só certeza: a de que a empresa foi uma grande escola que representou crescimento profissional e pessoal.

“Um dia eu vou trabalhar lá”, Paulo dizia, ao olhar para a torre da antiga Albarus. Mas não imaginava que viveria mais de 29 anos de dedicação nessa empresa. De todo este tempo, uma só certeza: a de que a empresa foi uma grande escola que representou crescimento profissional e pessoal.

Quando Paulo iniciou sua trajetória na empresa, no dia 2 de janeiro de 1989, já vinha de muitos anos de experiência na indústria, mais especificamente no Controle de Qualidade. E essa história do inicio do texto em que ele via a torre da empresa aconteceu durante uma época em que trabalhava em outro lugar – mas “de olho” numa vaga da empresa. O interessante é que, ao saber que havia uma vaga de emprego na Dana, fez o teste e passou. “Acabei aguardando 6 meses até assumir minha vaga no Controle de Qualidade na Forjaria mas a espera valeu a pena demais”, diz.

Paulo diz que precisou se reinventar para começar a trabalhar na Dana e que isso foi muito bom. “Eu tive que aprender tudo de novo e, no pessoal da Forjaria, encontrei uma segunda família de gente muito boa – aos poucos, consegui ir assumindo uma postura de liderança naturalmente”, afirma. Ele diz que a Dana proporcionou muitos cursos, o que ajudou bastante a aprimorar suas habilidades de comunicação com o pessoal da fábrica.

Paulo começou no Primeiro Turno mas, logo em seguida, foi para o Segundo Turno da empresa, onde ficou por cerca de 15 anos. Uma das coisas que mais gostava de trabalhar no Segundo Turno foi a autonomia que recebeu desde o início da sua carreira. “Tinha poder de tomada de decisão, tinha aval da chefia – eu conversava com o Roberto ‘Taffarel’ Wolfart e conseguia encontrar soluções e bancar estas escolhas com o pessoal da produção”, afirma. Outro aspecto que o encantou na empresa foi o clima amigável entre quem trabalhava ali – “não existia competição, o pessoal da Forjaria trabalhava muito unido em prol de um objetivo comum e o resultado era recorde atrás de recorde, eram profissionais muito engajados em resultado”, conta.

Como Paulo já era mais velho quando entrou na Dana, acabou assumindo informalmente a postura de “conselheiro” do pessoal da fábrica. “Em determinado ponto da minha trajetoria na Dana, percebi que, além de conselhos profissionais, os colegas da fábrica acabavam vindo até mim para buscar conselhos de vida – se deviam comprar uma casa, investir num carro, constituir família, essas decisões importantes da vida de qualquer adulto. Me sentia honrado de ser essa pessoa e feliz por auxiliar como podia”, diz.

Seu trabalho deu tão certo no Segundo Turno que acabou sendo chamado para trabalhar no Terceiro – “mas eu adorava o Segundo Turno, confesso que não queria ir”, ri. Ainda no Segundo Turno, iniciou sua faculdade de Administração da ULBRA, em que estudava na parte da manhã e trabalhava à tarde, numa rotina bastante corrida.

Paulo diz ter encontrado dificuldade para se adaptar ao Terceiro Turno. “Não digo isso pelo pessoal, muito pelo contrário, já conhecia muitos deles, mas pela dificuldade de adaptação ao horário. Eu tive dificuldade pra acostumar-me a dormir durante o dia e acabei ficando durante 1 ano e meio nesse horário que era desafiador pra mim”, relata.

Em 2009, Paulo lembra que a empresa passou por um momento desafiador, mas diz que o engajamento de todos os colaboradores fez toda a diferença para que a Dana superasse. “Todo mundo abraçou a causa e eu, na época, trabalhava na Expedição e no Acabamento e tinha uma vida super agitada lá dentro, era multifuncional, coordenava a equipe, auxiliava no que fosse necessário num verdadeiro espírito de equipe”, lembra. Mas nem só de desafios foi feita esta história – ele recorda com carinho das festas de final de ano da empresa, dos churrascos comemorando a quebra de recordes de produção com o pessoal da Forjaria e também das viagens em excursão que a Dana proporcionou. “A homenagem por tempo de serviço também foi algo que me emocionou – entrei na empresa cheio de sonhos, mas jamais imaginei que poderia ficar tanto tempo ali, esse reconhecimento da companhia foi marcante pra mim”.

Em agosto de 2018, chegou a hora de sair da empresa, mas com o coração pleno de coisas boas. “Ficou um sentimento bom, prezo muito o fato de ser albariano raiz e não tenho absolutamente nada a ressaltar na minha trajetoria na empresa. Sou grato a tudo o que a Dana me proporcionou… E acho ter um crachá que me permite entrar na empresa ainda hoje é algo único”, conta.

Casado com Maria Lúcia, tem 2 filhas, Paula, de 39 anos, e Bruna, de 33. E 2 netos que são a alegria de sua vida, Lucas, de 8 anos, e Gabriel, de 4 anos. São os xodós do vô, que tem como hobby viajar com a esposa para a praia ou a serra, também se arrisca na marcenaria e é apaixonado por andar de moto.

“Ficou um sentimento bom, prezo muito o fato de ser albariano raiz e não tenho absolutamente nada a ressaltar na minha trajetoria na empresa. Sou grato a tudo o que a Dana me proporcionou… E acho ter um crachá que me permite entrar na empresa ainda hoje é algo único”.
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“Ficou um sentimento bom, prezo muito o fato de ser albariano raiz e não tenho absolutamente nada a ressaltar na minha trajetoria na empresa. Sou grato a tudo o que a Dana me proporcionou… E acho ter um crachá que me permite entrar na empresa ainda hoje é algo único”.