Paulo Irineu
Rodrigues Alves
Hoje levando uma vida sossegada, Paulo Alves recorda com carinho dos seus 28 anos de Dana, em que era conhecido na fábrica por um apelido que até hoje não tem muita explicação - Galocha - mas pelo qual é conhecido pelos amigos da empresa até hoje.

Mesmo antes de entrar na Dana, ele já tinha experiência na área de metalurgia – trabalhou durante 5 anos em outra fábrica de capacitores mas não imaginava que seu destino mudaria um certo dia em que deu uma carona a um amigo para aplicar-se para uma vaga na Dana. “Achei a fila imensa e não me interessei neste dia mas, na semana seguinte, fui visitar meus pais, que moravam perto da empresa e não havia ninguém na fila. Resolvi arriscar”, lembra. Poucos dias depois de deixar seu currículo, recebeu em sua casa um telegrama o chamando para fazer entrevista na empresa. “Deu tão certo que eles me chamaram logo e já queriam que eu iniciasse 2 dias depois”, ri ele. Mas Paulo ainda teria que pedir demissão na empresa onde atuava, e assim o fez para buscar uma nova oportunidade de vida.

E foi assim, dessa forma rápida e intempestiva, que iniciou a trabalhar na Dana, em 8 de novembro de 1990. Era uma época de produção intensa, e ele foi direto trabalhar na Forjaria, que abastecia a antiga ATH (Albarus Transmissões Homocinéticas), que ficava em Porto Alegre e detinha, na época, 70% do mercado nacional. “Foi um tempo de imenso aprendizado, muito trabalho e também de um grande mergulho na área de metalurgia”, diz. Foi quando ele começou a trabalhar na Komatsu, prensa na qual se tornaria tão especialista que diz que até hoje, de vez em quando, alguém liga para pedir uma opinião dele sobre ela.

Naquele tempo, Paulo lembra, um de seus diferenciais era não negar nenhum tipo de trabalho de seus Supervisores. E nem escolhia horário de trabalhar – depois de 1 ano trabalhando no Primeiro Turno, foi recolocado no Segundo Turno da empresa e acabou ficando 8 anos neste horário. Até 2001, ele ficou trabalhando neste turno e lembra de outro fato marcante de sua carreira: o curso técnico. “Na época, a Dana tinha parceria com a Escola Técnica de Pelotas e consegui fazer o curso de Mecatrônica. Estudava na parte da manhã e, depois, à tarde, ia trabalhar num ritmo bem puxado de vida”, afirma.

E trabalhou tanto e com tamanha dedicação que ainda acabava conseguindo mais trabalho pra si por iniciativa própria. “Todos os anos, durante o recesso, as máquinas passavam por revisão e limpeza – quando o ano recomeçava, nós operadores sempre achávamos que elas podiam ter ficado melhores, afinal, tinha especificações que nós conhecíamos muito bem. Eu e o Sérgio Santos, conhecido por ‘Morango’, nos propusemos em conjunto para auxiliar na manutenção de final de ano também. O resultado? De 2001 até 2007, eu só tirei férias a partir de janeiro”, conta, sorrindo.

Em 2006, outro fato marcante de sua carreira – um grupo de colaboradores da Forjaria foi reunido para criar uma solução para um problema: forjar peças à morno na Divisão. “Foi um processo extremamente cuidadoso e demoramos 1 ano e meio até acertar a parte hidráulica, desenvolver bons fornecedores que nos atendessem plenamente e ajustar tudo até forjar a cruzeta de forma perfeita e abastecer a produção”, relata.

Depois dessa etapa, por necessidade da empresa, ele foi realocado para a máquina de Corte por algum tempo, e depois para a Expedição também. “Gostaria de ressaltar que, certa feita, o Rubem Fritsch me ensinou muita coisa do sistema de informática necessário para o cargo, algo que nem todos os chefes fariam – ele também me deu muita oportunidade na empresa”, diz.

Depois, ainda trabalharia no Departamento de Manutenção e ajudando em outras iniciativas, como os projetos de SOPE por exemplo, na Divisão de Cardans. Mas não ficou muito tempo longe da produção – logo, Roberto Wolfart, o popular “Taffarel”, chamou novamente o operador experiente para trabalhar na Komatsu novamente. “Sempre tive muito boa integração com o pessoal, tanto que participava dos jogos de futebol da equipe e virei o assador de churrasco oficial da turma da Forjaria”, conta. Outra coisa recompensadora foram os passeios a Balneário Camboriú e Ponta das Canas que fez através do SOPE. “A Dana faz muito pelo colaborador e, durante minha carreira, eu consegui 2 viagens e 1 premiação pelo SOPE, e foi bastante recompensador”, afirma.

Depois de tantos anos de trabalho, em 2018, Paulo saiu da empresa. Hoje, mora em um sítio e gosta da rotina bucólica de morar em um lugar perto da natureza. É casado com Beatriz há 32 anos. Paulo tem 4 filhos – Michele, 33 anos, Maurício, de 31 anos, Andrieli, de 28 e Leonardo, de 17, que o pai ainda faz questão de levar à escola em seu último ano de Ensino Médio.

Ao falar da sua trajetória na empresa, Paulo diz que foram anos de muito trabalho mas que, ao pensar nestes 28 anos de trajetória, ficou uma coisa boa. “Um sentimento muito bom surge quando penso na Dana, uma empresa que sempre foi muito boa de se trabalhar e ainda hoje lembra da gente através do grupo de Veteranos Dana. Sinto saudade das pessoas com quem trabalhei, da amizade, isso é algo único e que nos marca”, diz.

“Um sentimento muito bom surge quando penso na Dana, uma empresa que sempre foi muito boa de se trabalhar e ainda hoje lembra da gente através do grupo de Veteranos Dana. Sinto saudade das pessoas com quem trabalhei, da amizade, isso é algo único e que nos marca”.
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“Um sentimento muito bom surge quando penso na Dana, uma empresa que sempre foi muito boa de se trabalhar e ainda hoje lembra da gente através do grupo de Veteranos Dana. Sinto saudade das pessoas com quem trabalhei, da amizade, isso é algo único e que nos marca”.