AutoIndústria
Nem tudo tem sido flores em 2024 para os fabricantes de automóveis elétricos. Além das vendas estagnadas ou em queda em mercados importantes, eles ganharam um profundo e largo arranhão na imagem dos modelos movidos a bateria e que demandará um bom trabalho para ser reparado.
O incêndio aparentemente espontâneo de um Mercedes-Benz elétrico em garagem de prédio de apartamentos na Coreia do Sul, no começo deste mês, resultou em mais de uma centena de veículos destruídos, além do risco à vida dos moradores e à estrutura do prédio. A imprensa coreana relatou que mais de duas dezenas de pessoas foram hospitalizadas por inalação de fumaça.
O episódio ganhou repercussão nacional, com imagens da destruição expostas à exaustão em redes sociais e na imprensa, sobretudo também porque automóveis elétricos já respondem por quase 10% das vendas no País, grande produtor de baterias e de veículos dotados da tecnologia.
O EQE 350 que teria pegado fogo por 8 horas seguidas estava equipado com bateria da fabricante chinesa Farasis Energy, revelou a própria Mercedes-Benz esta semana, após pressão do governo coreana e da opinião pública por maior transparência da montadora.
A marca também recebe baterias das empresas coreanas LG Energy Solution e SK On e da chinesa CATL.
O incidente ocorrido na cidade de Icheon, próxima à capital Seul, naturalmente aumentou os questionamentos e preocupações dos coreanos sobre a segurança dos veículos elétricos.
Alguns condomínios de apartamentos com garagens subterrânea trataram de proibir preventivamente o ingresso de automóveis elétricos e optaram por desligar pontos de carregamento.
A agência Reuters afirma que Mathias Vaitl, presidente da Mercedes-Benz Coreia, decidiu se reunir nesta quarta-feira, 14, com moradores do prédio atingido. Por conta dos danos, alguns tiveram que deixar seus apartamentos e foram transferidos para abrigos. (AutoIndústria)