Estradão
A Windrose, startup que produz caminhões elétricos na China, promete fabricar veículos também nos Estados Unidos. Segundo o fundador e CEO da empresa, Han Wen, em entrevista à agência de notícias Reuters, a construção da linha de produção nos EUA deve começar em 2025. De acordo com o executivo, a planta será instalada no Estado da Geórgia.
Além disso, Han afirmou que planta vai fazer os chassis e outras peças do caminhão elétrico chinês. Atualmente, a fabricante chinesa tem 6.400 pedidos em carteira e informa que a maioria dos clientes é justamente dos EUA. No entanto, ele não revelou quanto a companhia pretende investir no país. “O mercado americano é amigável aos caminhões elétricos chineses, pois as tarifas são mais baixas que as de carros”, diz o CEO da companhia.
Windrose diz ser rival do Tesla Semi
Além disso, a Windrose informa que planeja iniciar, também em 2025, a construção de uma fábrica de caminhões elétricos na Bélgica. Assim, a planta poderia abastecer outros países do mercado europeu. De acordo com a Windrose, seu caminhão é rival direto do Tesla Semi. Nesse sentido, os dois têm preços similares, em torno dos US$ 250 mil, ou cerca de R$ 1,4 milhão na conversão direta, sem taxas.
Recentemente, a fabricante chinesa informou que seu caminhão pesado elétrico utiliza pacote de baterias com capacidade de 700 kWh. Com isso, tem, ao menos em tese, autonomia de 670 quilômetros. Portanto, é inferior à do Tesla Semi, cujas baterias de 900 kWh garantem 800 km entre as recargas. Segundo dados das duas marcas, o chinês pode transportar 49 toneladas e o americano, 37 t.
Conforme informações da Windrose, as primeiras unidades de seus caminhões elétricos começam a ser entregues na China já no mês de agosto. Fundada em 2022, a empresa promete produzir 10 mil veículos por ano até o fim de 2027. Porém, não revelou se esse número inclui as plantas dos EUA e da Bélgica.
Por sua vez, a fábrica da Tesla que produzirá o caminhão elétrico Semi está sendo erguida em Nevada, nos EUA. Entretanto, algumas dezenas do Semi já circulam pelas estradas do país. De acordo com a marca, a produção em larga escala começa no terceiro semestre de 2025. (Estradão/Thiago Vinholes)