O Estado de S. Paulo
A McLaren, uma das escuderias mais tradicionais da Fórmula 1, anunciou uma homenagem especial a Ayrton Senna para o Grande Prêmio de Mônaco deste final de semana. Os pilotos Lando Norris e Oscar Piastri pilotarão o MCL38, o carro da equipe, que temporariamente abandonará sua tradicional cor laranja para adotar as cores verde, amarela e azul. Essas cores não apenas representam a bandeira brasileira, mas também homenageiam o icônico capacete de Senna, tricampeão da categoria e considerado um dos maiores heróis do esporte.
Norris e Piastri pilotarão um carro com o amarelo como cor principal, complementado pelo verde na parte traseira e detalhes em azul. A escolha do
Grande Prêmio de Mônaco como cenário para esta homenagem é significativa, pois Ayrton Senna, mesmo 30 anos após sua morte, ainda detém o recorde de seis vitórias no circuito. A decoração do carro foi inspirada no capacete utilizado pelo brasileiro, refletindo o profundo respeito e admiração da McLaren por seu legado. “Pelo Rei de Mônaco. Estamos orgulhosos de pilotar em sua homenagem e com suas cores”, declarou a escuderia britânica em uma publicação nas redes sociais.
Esta iniciativa faz parte das homenagens ao trigésimo aniversário da morte de Senna, ocorrida no dia 1.º de maio. “Para marcar este aniversário, decidimos celebrar sua vida e conquistas em um de seus circuitos favoritos e onde obteve grande sucesso, Mônaco. Estamos entusiasmados para competir com este design vibrante e belo”, afirmou Zak Brown, CEO da McLaren Racing.
História
Ayrton Senna juntou-se à McLaren em 1988, após uma ótima temporada com a Lotus em 1987, onde terminou em terceiro lugar no campeonato mundial de pilotos, atrás do brasileiro Nelson Piquet e do inglês Nigel Mansell. Em seu primeiro ano na McLaren, Senna conquistou o campeonato mundial, destacando-se com 13 pole positions e oito vitórias, tendo como principal rival seu companheiro de equipe, o francês Alain Prost. No ano seguinte, os papéis se inverteram, com Prost conquistando o título e Senna ficando em segundo, apesar de ter vencido seis corridas contra quatro do francês.
Em 1990, com a saída de
Prost para a Ferrari, Gerhard Berger, amigo austríaco de Senna, tornou-se seu companheiro de equipe na McLaren. Senna sagrou-se bicampeão com seis vitórias. Em 1991, conquistou o tricampeonato de forma dominante, com sete vitórias. No entanto, em 1992, a Williams dominou a temporada, e Mansell levou o título, enquanto Senna, com duas vitórias, terminou em quarto, abandonando sete das 16 corridas.
Celebração
O último ano de Senna na McLaren foi 1993, quando a equipe voltou a ser competitiva, e Senna conquistou cinco vitórias. No entanto, viu Prost tornar-se tetracampeão pela Williams. Nas seis temporadas na McLaren, Senna acumulou 35 vitórias. “Celebrar sua vida e legado através de suas cores icônicas em ambos os carros é uma maneira fantástica”, disse Bianca Senna, CEO da Senna Brands e sobrinha do piloto. “A McLaren significou muito para ele.”
Além da pintura especial no MCL38, a equipe também preparou macacões personalizados inspirados em Senna para Norris e Piastri usarem no fim de semana do GP de Mônaco.
A McLaren, segunda maior vencedora da história da F-1 com 12 títulos, atrás apenas da Ferrari com 15, busca seu primeiro título desde 2008 com Lewis Hamilton. Nesta temporada, a escuderia conquistou uma vitória em sete provas disputadas, com Lando Norris no GP de Miami.
Em Mônaco, os primeiros treinos livres estão marcados para sexta-feira, dia 24, às 8h30, a classificação para sábado às 10h, e a largada para domingo às 11h – todos os horários são de Brasília. (O Estado de S. Paulo)