Cresce número de vítimas de acidentes sem cinto nas estradas

O Estado de S. Paulo/Mobilidade

 

Aumentou em 29% o número de veículos leves com vítimas de acidentes que não utilizavam cinto de segurança. Já em veículos pesados (ônibus, carretas e caminhões), esse número cresceu 19%. Os dados são de um levantamento realizado pela Arteris, especialista em gestão de rodovias, feito em sete concessionárias localizadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.

 

Os resultados referem-se aos meses de janeiro a setembro deste ano, sendo que, no primeiro semestre, das 67 fatalidades envolvendo veículos leves, 50 vítimas – o que representa 75% do total – não utilizavam o cinto de segurança. Já em relação aos veículos pesados, houve registro de 48% de fatalidades por falta do uso do dispositivo de segurança.

 

250 mil multas

 

A utilização de cinto de segurança é obrigatória pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), tanto para motoristas quanto para passageiros, inclusive crianças.

 

De acordo com o CTB, o condutor ou passageiro que deixar de usá-lo comete uma infração grave. Nesses casos, o valor da multa é de R$ 195,23, e 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do motorista.

 

Em 2022, a Polícia Rodoviária Federal multou 250 mil motoristas, 20% a mais do que em 2021. No mesmo ano, dirigir sem cinto de segurança foi a quarta infração mais cometida no trânsito no Estado de São Paulo, segundo o Departamento de Trânsito de São Paulo (Detran-SP).

 

De acordo com o órgão, a multa aplicada por dirigir sem cinto de segurança é superada apenas pelas infrações por não fazer a transferência do veículo, pelo uso indevido de celular ao volante e, por fim, por dirigir um veículo sem licenciamento.

 

Prevenção

 

De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), o uso do cinto de segurança é efetivo na redução da mortalidade e da gravidade de sequelas e lesões causadas em decorrência de sinistros envolvendo veículos automotores. De acordo com estudo da associação, usar o cinto de segurança no banco da frente reduz o risco de morte em 45%. Já no uso do dispositivo no banco traseiro, essa diminuição pode chegar a até 75%. (O Estado de S. Paulo/Mobilidade)