No dia 25 de outubro de 1973, os irmãos Wilson e Émerson Fittipaldi anunciaram a criação da primeira e única equipe brasileira de Fórmula 1. A Dana participou ativamente dessa iniciativa corajosa, pioneira e de grande projeção nacional.
Primeiro dando suporte tecnológico para o desenvolvimento e produção, naquela época, de um semieixo de tração para o eixo traseiro do modelo FD-01 totalmente nacional, com componentes da marca Spicer. Depois, em 2004, liderando o projeto de restauração e resgate de dois modelos Fittipaldi, o FD-01, pilotado por Wilsinho, e o FD-04, pilotado por Émerson.
No projeto desenvolvido pela Dana de recuperação de dois veículos da equipe brasileira de Fórmula 1, demonstrando muita energia e disposição para ajudar a resolver todos os desafios que uma ação inédita e pioneira no Brasil. Com determinação e generosidade, compartilhou o seu conhecimento e suas histórias.
Em 1973, começou a ser desenvolvida a genética do primeiro protótipo brasileiro de Fórmula 1 em uma oficina-laboratório onde iam sendo desenhadas e fabricadas peças artesanais para o audacioso projeto sonhado por Wilson Fittipaldi Júnior e materializado pelo engenheiro Ricardo Divila. Um ideal para o qual não faltava entusiasmo, mas sobravam dificuldades.
Naquela época, os protótipos F-1 europeus já usavam a junta homocinética. A Fittipaldi tinha dificuldade em importá-la e a então Albarus, depois Dana, participou no desenvolvimento e fornecimento de um sistema de transmissão de força do motor para as rodas traseiras baseado em um eixo cardan. O semieixo traseiro foi, então, desenvolvido pela engenharia brasileira da Albarus.
Trinta anos depois, a Dana promoveu o resgate e restauração de dois modelos Fittipaldi, rodando o mundo atrás de peças e histórias para refazer com toda a autenticidade o quebra-cabeça das seis mil peças que compunham cada Fórmula 1.
Não foi fácil, porém, concretizar a façanha de devolver o Fitti-1 à memória nacional. Foram 455 dias – 95 a mais do que os gastos no projeto e construção do original – em investigações e pesquisas.
Nas oito temporadas que disputou, a equipe Fittipaldi acumulou 44 pontos em 104 GPs. Foram três pódios, o mais comemorado deles em 1978, o segundo lugar de Emerson no Rio de Janeiro, com o modelo F5A. Nenhuma vitória, mas dezenove presenças nos pontos, numa época em que apenas os seis primeiros pontuavam.
Como comparações, na temporada de 1980, o time brasileiro terminou o campeonato em oitavo lugar com onze pontos, enquanto a Ferrari ficou em decimo lugar com apenas oito pontos. Em 1978, a equipe ficou na frente de McLaren, Williams, Renault e Arrows no Mundial de Construtores. A Prost somou 35 pontos em 83 corridas, também com três pódios. A Sauber, em 206 largadas, conseguiu seis pódios.
Os melhores resultados da Fittipaldi foram um segundo lugar no Grande Prêmio do Brasil de 1978 e dois terceiros lugares, com Keke Rosberg, no GP da Argentina, e Emerson Fittipaldi, no GP do Oeste dos Estados Unidos, ambos na temporada de 1980.
Revisite o projeto ou conheça mais: https://s.dana.com.br/50Anos_FittiF1
Assista ao programa Canal Dana no Youtube sobre a recuperação: https://youtu.be/qYsrc4OWXNc?si=VPt-t4Mqi1cNfiGa
Leia o livro Fitti-1: o fórmula 1 brasileiro, reescrevendo a história, escrito por Lemyr Martins que está disponível em português e inglês na plataforma Kindle da Amazon.