O Estado de S. Paulo
Entre as metas estipuladas até o ano que vem pela Prefeitura de São Paulo para melhorar as condições de deslocamento da população, assegurando acessibilidade, conforto e segurança dos diferentes modais de transporte, a de número 41 deve refletir na caminhabilidade e na segurança das pessoas com deficiência, idosos e crianças: muitos deslocamentos podem ser facilitados por meio do Programa Rotas Acessíveis, que engloba nove projetos de redesenho urbano para pedestres. Sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT), em parceria com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED), a capital paulista deve receber a implantação de trajetos mais inclusivos, que envolvem ainda a participação de diferentes agentes do poder público, como a Coordenadoria de Acessibilidade de Desenho Universal (Cadu), a Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a Assessoria Técnica de Obras e Serviços (Atos). O critério para a instalação desses trajetos é priorizar os bairros com maior concentração de equipamentos ou instituições que prestam serviços importantes às pessoas com deficiência.
Intervenções urbanas
“As Rotas Acessíveis são traçadas com base na necessidade de deslocamento das pessoas com deficiência visual entre estações de transporte público e polos de interesse”, explica Renato Melhem, coordenador de Acessibilidade e Desenho Universal (Cadu), da SMPED. Essa divisão é responsável também por sanar as dúvidas dos projetos de acessibilidade e, juntamente com a CET, avaliar os traçados das Rotas Acessíveis. Na prática, serão implementados os elementos necessários para viabilizar a acessibilidade durante todo o trajeto especificado em cada rota. As intervenções incluem requalificações e reformas das calçadas, ajustes nas guias rebaixadas, instalação de pisos táteis, adequações de acessibilidade nas travessas, implantação de botoeiras sonoras nos semáforos, sinalização tátil direcional e de alerta. Além disso, os projetos também podem contemplar o rebaixamento de calçadas nas faixas de pedestres e a padronização das mesmas, preservando a continuidade na faixa livre, entre outras que facilitem o acesso por pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Em caso de necessidade, devem ser implementados outros elementos de moderação de tráfego, como travessias elevadas. Atualmente, o Programa das Rotas Acessíveis abrange seis projetos piloto, com entrega prevista ainda nesta gestão – Vila Clementino, Linha Azul (Vila Mariana), Ipiranga, Barra Funda, Marechal Deodoro e centro. (O Estado de S. Paulo/Patrícia Rodrigues)