O Estado de S. Paulo
O ponto principal a ser analisado é mesmo a adequação da capital paulista à questão ambiental. Segundo o prefeito Ricardo Nunes, que promete colocar nas ruas cerca de 2 mil novos veículos elétricos até o fim de 2024, 62% das emissões de gases de efeito estufa na cidade, principalmente dióxido de carbono (CO2) vêm dos cerca de 7 milhões de veículos que circulam por São Paulo. Metade disso é resultado da queima de combustível fóssil dos ônibus a diesel. Procurada, a Prefeitura de São Paulo afirmou, por meio da São Paulo Transporte (SPTrans), que “a prioridade e o que está sendo feito no momento é a substituição dos ônibus a diesel”.
Segundo o Executivo paulistano, até agora as empresas concessionárias apresentaram pedidos para a produção de 2.292 ônibus elétricos. “A previsão atualizada considera uma capacidade produtiva do mercado em atender a demanda existente. A meta da gestão é que 20% da frota seja composta por ônibus elétricos até o fim de 2024”, afirma a SPTrans. “A frota de trólebus é composta por 201 veículos, que serão substituídos, conforme a idade útil do veículo, por ônibus mais modernos. Cada veículo elétrico deixa de emitir anualmente 106 toneladas de CO2”, diz a nota.
Processo em marcha
Para Luiz Carlos Néspoli, Superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), o processo de substituição de diesel por elétricos está em marcha, mas ainda terá grandes desafios e respostas a dar. “Não é fácil fazer a recarga de frota de ônibus elétricos em uma garagem na periferia da cidade. As concessionárias terão suas subestações, linhões diretos? Há uma infraestrutura que precisa ser instalada. Um ônibus a diesel é reabastecido em 15 minutos. Um elétrico pode levar três, quatro horas”. (O Estado de S. Paulo)