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O comércio de veículos leves híbridos e elétricos atingiu um patamar histórico no Brasil – um eventual “ponto de virada”, como se diz no jargão do mercado. Pela primeira vez, ele empatou com as vendas de modelos de carros movidos somente a gasolina.
Dados colhidos pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), e compilados pelo site “Use Elétrico”, mostram que tanto os “eletrificados” (os híbridos mais os 100% elétricos), quanto os veículos a gasolina, detinham 2,5% de participação de mercado nacional no acumulado do ano até novembro.
No caso, foram 2,1% de híbridos, a grande maioria, e 0,4% de elétricos. Embora a participação do mercado tenha emparelhado, os volumes vendidos ainda apresentam uma pequena diferença a favor do combustível de origem fóssil. Foram para as ruas 44.333 unidades a gasolina, ante 43.675 eletrificadas na soma dos onze primeiros meses do ano.
No fechamento de 2021, os carros a gasolina amealharam 2,7% de participação e os eletrificados, 1,7%. Isso quer dizer que os primeiros perderam 0,2 ponto percentual em um ano e os eletrificados avançaram 0,8 ponto percentual no mesmo período.
Os modelos somente a gasolina no Brasil são, em geral, importados e ocupam o topo das linhas das montadoras. Assim, sob o ponto de vista de preço e perfil de consumidores, disputam um espaço similar com os híbridos e elétricos.
Na análise do site “Use Elétrico”, os modelos a diesel também perderam espaço nas ruas. Eles caíram de uma cota de 13,4% no fechamento do ano passado, para 11,7% até novembro deste ano. No mercado nacional, 83,3% dos motores são do tipo flex. (Portal Metrópoles/Carlos Rydlewski)