Stellantis testa carregamento de veículos por indução

AutoIndústria

 

A ainda grande preocupação da indústria e consumidores com a estrutura pública para carregamento de veículos elétricos não deve perdurar por muito tempo na Europa. Além do ritmo acelerado de instalação de eletropostos no continente, uma solução em estudo avançado pode até mesmo eliminar a necessidade de se parar o carro para recarregar as baterias.

 

Um grupo de 13 empresas e instituições de pesquisa desenvolve com a Stellantis a tecnologia DWPT (Dynamic Wireless Power Transfer) para carregamento sem fio em faixas de estradas especialmente preparadas. Na verdade, algo já é conhecido como carregamento por indução.

 

O sistema envolve bobinas instaladas sob o asfalto e que transferem energia diretamente para os automóveis, caminhões e ônibus, mesmo que estejam em movimento. Os veículos devem estar equipados com um receptor próprio, capaz de enviar a energia proveniente da infraestrutura da estrada diretamente para o motor elétrico, o que também amplia a autonomia, já que conserva a carga da bateria do veículo.

 

O projeto-piloto é coordenado pela A35 Brebemi, empresa pertencente à operadora global de infraestruturas de transporte Aleatica, e conta com a participação de nomes como Iveco e ABB. Vem sendo desenvolvido em testes na “Arena do Futuro” pista localizada em Chiari, cidade no norte da Itália.

 

Em uma demonstração esta semana, Anne-Lise Richard, responsável pela divisão global de e-Mobility da Stellantis, afirmou:

 

“Provamos que a tecnologia de carregamento por indução consegue alimentar o nosso futuro eletrificado. Estes projetos conjuntos são passos entusiasmantes no trabalho para alcançar um tempo de vida útil mais longo para as baterias, menos ansiedade com a autonomia do veículo, maior eficiência energética, baterias de menores dimensões, desempenho notável e peso e custo mais baixos.”

 

Segundo a Stellantis, um Fiat 500 movido exclusivamente a bateria e preparado para testar o sistema conseguiu viajar a velocidades típicas de autoestrada sem consumir a energia armazenada na bateria.

 

“Os testes mostram que a eficiência do fluxo de energia do asfalto para o veículo é comparável à eficiência característica dos postos de carregamento rápido, razão pela qual o condutor não precisará parar para recarregar”, assegurou a montadora. (AutoIndústria)