CTG Brasil investe R$ 8,2 milhões em projeto de mobilidade elétrica

Blog do Ricardo Ribas

 

Uma rede de 18 eletropostos já começou a ser instalada em um trajeto de 1.300 km entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul pela CTG Brasil, uma das líderes em geração de energia limpa do País. O projeto, que inicialmente une a sede a 12 usinas hidrelétricas operadas pela empresa, será finalizado ainda esse ano, e prevê testes de um modelo de negócio viável para recarga de veículos elétricos.

 

Realizado em parceria com o instituto de ciência e tecnologia Lactec e a fabricante de carregadores de veículos Incharge, o projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) realizado no âmbito da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) irá disponibilizar postos de carregamento nas operações da CTG Brasil ao longo do Rio Paranapanema e na região que interliga a Usina Hidrelétrica Jupiá, localizada entre os municípios de Andradina (SP), Castilho (SP) e Três Lagoas (MS); e Ilha Solteira, entre as cidades de Ilha Solteira (SP) e Selvíria (MS).

 

Os oito primeiros eletropostos instalados estão em fase de testes nas usinas Jupiá, Ilha Solteira, Canoas I e II e Capivara, além da sede da CTG Brasil, em São Paulo. Futuramente, a rota deve ser estendida, por meio de parcerias locais, para pontos públicos nas regiões de Ilha Solteira (SP), Três lagoas (MS), Cerqueira Cesar (SP) e São Paulo (SP), tornando parte da rede acessível à população em geral. Quando finalizada, a rota será uma das maiores de mobilidade elétrica, em extensão, financiada por uma empresa do setor elétrico brasileiro.

 

Além dos eletropostos, a CTG Brasil também está disponibilizando sua atual frota elétrica, que hoje representa 14% do total de veículos da empresa, como parte dos testes. “Nossos projetos de mobilidade elétrica estão alinhados à nossa estratégia de inovação e sustentabilidade como forma de contribuir com o acesso à energia limpa em larga escala, beneficiando a sociedade como um todo”, ressalta Carlos Nascimento, gerente de P&D da CTG Brasil.

 

A implementação dos eletropostos traz ainda importantes contribuições para o segmento da eletromobilidade no Brasil. Processos como a implantação de um sistema geral de monitoramento dos pontos de recarga, interoperabilidade de comunicação, faturamento e autorização de acesso para os veículos podem ser analisados e aperfeiçoados.

 

Para o CEO do Lactec, Luiz Fernando Vianna, a iniciativa representa um passo adiante na consolidação do modal elétrico no País: “A eletromobilidade é uma vertical de negócios apoiada pela Go4, área de inovação aberta da Lactec. As empresas de energia têm um papel decisivo nesse processo e é o que a CTG Brasil tem mostrado com o projeto. Além de abrir perspectivas para que as geradoras também se insiram nesse mercado, aproxima a população dessa tecnologia, que vem somar para um futuro mais sustentável”. (Blog do Ricardo Ribas)

 

 

 

Projeto de € 5 bilhões, fábrica da Tesla começa a produzir elétricos na Alemanha

 

AutoIndústria

 

A Tesla finalmente lançou âncora na Europa. Nesta terça-feira, 22, Elon Musk, polêmico bilionário norte-americano dono da montadora, fez parceria com o chanceler alemão Olfa Scholz para inaugurar sua primeira fábrica no continente. Localizada na cidade de Gruenheide, Alemanha, a planta custou algo ao redor de € 5 bilhões, investimento elevado até mesmo para os padrões europeus.

 

O complexo produtivo, que começou a ser construído há cerca de dois anos em meio a complicações burocráticas e vários questionamentos, abrigará também uma área dedicada ao fornecimento das baterias e poderá produzir, quando estiver em plena capacidade, em 2025, até 500 mil carros por ano e gerar 50 gigawatts-hora (GWh) de energia de baterias. Nesse momento, deverá ter quadro de aproximadamente 12 mil trabalhadores, quase quatro vezes maior do que em 2022.

 

Gruenheide nasce já como a terceira maior planta da Tesla, atrás somente das unidades de Fremont, na Califórina, e Xangai, na China, inaugurada há apenas dois anos. Inicialmente, sairá das linhas de montagem alemãs o Model Y.

 

As primeiras 30 unidades foram entregues aos consumidores pessoalmente por Musk nesta terça-feira, que dançou durante a cerimônia de inuaguração enquanto manifestantes ocupavam as imediações para protestar contra a instalação da fábrica e potenciais prejuízos ao meio ambiente.

 

A Tesla tem 13% do mercado de elétricos na Europa. A líder, a alemã Volkswagen, quase o dobro, 25%. A capacidade instalada em Gruenheide, porém, mostra a disposição da montadora alemã de avançar nas vendas.

 

Em todo o mundo, a Volkswagen vendeu cerca de 450 mil elétricos no ano passado, menos do que a nova planta da Tesla poderá estar produzindo anualmente daqui a três anos. Com a fábrica alemã, a empresa se encaminha para alcançar capacidade produtiva global da ordem de 2 milhões de unidades.

 

Em 2021, mesmo com enfrentamento da falta de chips, a marca americana vendeu pouco mais de 900 mil veículos mundialmente, 87% a mais do que no ano anterior e seu melhor resultado histórico. Deteve, portanto, mais de 20% dos cerca de 4,2 milhões de veículos elétricos a bateria negociado em todo o planeta e que equivaleram à participação de 6,2% do mercado total, o dobro da registrada um ano antes. (AutoIndústria)