AutoIndústria
Se no Brasil as station wagons desapareceram das linhas de produção e dos showrooms, na Europa elas seguem seduzindo consumidores, mesmo com o avanço dos SUVs também por lá. A Audi, única ainda a vender as chamadas peruas aqui – ainda que limitadas a poucas dezenas de unidades ao ano -, é uma das marcas que não “largam a mão” do segmento e, nesta semana, revelou o futuro desses modelos.
A empresa apresentou a A6 Avant e-tron Concept, conceito que será incorporado como produto de linha já em 2023 e considerado como” bem próximo de sua versão de produção”. A station wagon, na verdade, segue muitas das diretrizes técnicas e algumas estéticas já adotadas no A6 e-tron e em outros modelos elétricos da marca.
A Audi caprichou na aerodinâmica da carroceria, definida com auxílio de tunel de vento e que tem Cx 0,22, o melhor para o segmento C eletrificado, segundo a empresa. Os retrovisores externos, a exemplo de outros e-trons, cedem lugar a câmeras, e aerofólio traseiro e rodas de 22 polegadas enfatizam o perfil esportivo que as station wagons da marca tantas vezes exploraram ao longo de quatro décadas.
A A6 Avant tem sistema de tração elétrico baseado na plataforma PPE, Premium Platform Electric, desenvolvida em parceria com a Porsche, marca também pertencente ao Grupo Volkswagen. O modelo mede 4,96 metros de comprimento, 1,96 metro de largura e 1,44 metro de altura. Grade dianteira fechada e a faixa contínua de luzes na traseira guardam familiaridade com outros Audi elétricos.
A montadora nomeia como elemento chave do projeto o módulo de bateria entre os eixos. “O uso de toda a base do veículo permite obter um layout relativamente plano para a bateria significa que, pela primeira vez, será possível usar a mesma plataforma tanto para veículos com grande distância do solo quanto em veículos com uma arquitetura dinâmica, sem qualquer alteração na arquitetura básica”.
“Não estamos simplesmente eletrificando a história bem-sucedida de 45 anos do Avant. O que nós mais queremos é usar a competência técnica para acrescentar um ponto de exclamação”, disse Oliver Hoffmann, Membro do Conselho Audi para Desenvolvimento Técnico, ao destacar os dois motores elétricos capazes de entregar 350 kW, a autonomia de até 700 km, a aceleração de 0 100 km/h em menos de 4 segundos, na versão mais potente, e o carregamento rápido com o sistema de 270 kW – 10 minutos para rodar 300 km. (AutoIndústria)