AutoIndústria
Sempre na briga pelo pódio dos maiores fabricantes globais de veículos, a Volkswagen se organiza para não perder fôlego na mobilidade do futuro. Nesta terça-feira, 13, a montadora alemã revelou como pretende seguir nessa disputa na próxima década.
Produtos e serviços ainda mais diversificados serão a base da estratégia batizada de New Auto e que guiará os próximos movimentos do grupo, que congrega diversas marcas de automóveis e empresas coligadas. A empresa espera que “as fontes de lucros e faturamento mudem gradualmente dos carros com motores a combustão interna para veículos elétricos a bateria e, em seguida, para softwares e serviços impulsionados pela condução autônoma”.
Com a disposição de ter a grande maioria de sua frota de veículos eletrificada até 2035 e a quase certeza de que o carro autônomo terá lugar nas ruas em prazo semelhante, a empresa começa a concentrar forças e dinheiro desde já no desenvolvimento e venda de softwares para veículos.
E muito dinheiro! Se entre 2021 e 2026 os investimentos totais do grupo são de € 73 bilhões, perto da metade será encaminhada para softwares e novas tecnologias.
O grupo está disposto a ser líder em carros elétricos até 2025 e chegar a 2030 com metade de suas vendas nos principais mercados com essa tecnologia – e a quase 100% já dez anos depois.
Para isso, pretende concentrar, a partir da segunda metade desta década, a produção de veículos sobre uma única arquitetura elétrica, a SSP, Scalable Systems Platform, ainda em desenvolvimento, e ter baterias próprias, ainda que desenvolvidas com parceiros, em cerca de 80% de seus veículos até o fim da década.
“Estabelecemos uma meta estratégica para nos tornarmos líderes globais de mercado em veículos elétricos, e já estamos a caminho disso”, afirmou o CEO Herbert Diess, durante a apresentação da New Auto pela internet.
“Baseada em software, a próxima mudança, muito mais radical, é a transição para carros mais seguros, inteligentes e finalmente autônomos. Para nós, isso significa que tecnologia, velocidade e escala terão mais importância que atualmente. O futuro dos carros será brilhante!”, completou o dirigente. (AutoIndústria)