Jornal do Carro
A General Motors (GM) fará o novo carro lunar da Nasa, bem como uma próxima geração de veículos para a missão que promete retornar à Lua em 2024. Para isso, a missão será feita em colaboração com a gigante de tecnologia aeroespacial, Lockheed Martin.
Assim, o plano anunciado pelas duas empresas aponta primeiro para a construção de um novo carro lunar, o LTV – sigla, em inglês, para “veículo de transporte lunar”. Depois, outros modelos mais complexos devem ser entregues também. A ideia da GM e da Nasa é que os veículos sejam elétricos e tenham tecnologia de condução autônoma.
Dessa forma, a Nasa espera que os astronautas possam desempenhar missões científicas. E de descoberta da superfície da Lua de uma forma mais ágil e eficiente.
Tecnologias do futuro
De acordo com a presidente da GM, Mary Barra, fazer parte da missão à Lua e construir o novo carro lunar da Nasa é uma forma de desenvolver, assim como de aprimorar tecnologias que serão usadas aqui na Terra.
Por exemplo, a tecnologia de veículos elétricos. A GM já anunciou que só fabricará modelos com este tipo de motorização a partir de 2035. “Nós mergulhamos de cabeça na eletrificação dos veículos. E esta oportunidade é mais uma maneira de construirmos esse futuro”, afirmou Barra.
Dessa forma, esta nova geração de carros lunares também prevê uso extenso de tecnologia de condução autônoma. Assim, apontou o presidente-executivo da Lockheed Martin, Jim Taiclet.
Também é por conta desse uso de recursos avançados que dispensam a intervenção de condutores que a fabricante aeroespacial se unirá à GM. Ideia é que missões e deslocamentos na Lua sejam feitos de forma mais fácil, segura e eficiente por conta dos veículos autônomos.
“(Estes veículos) Também terão capacidade autônoma, possibilitando que se movimentem mesmo quando os humanos não estiverem por perto”, disse Taiclet. “Estamos confiantes que essa (parceria) levará ao desenvolvimento de veículos transformadores com capacidades inigualáveis, bem como tecnologias que poderemos usar aqui na Terra”, completou o executivo.
Montadoras no espaço
Por sinal, não é a primeira vez que a GM participa de programas espaciais da Nasa. A fabricante automotiva participou daquela que deve ser a missão mais famosa da agência espacial, a do programa Apollo 11.
Naquela viagem, que levou o primeiro homem à Lua, em 1969, a GM desenvolveu e forneceu equipamentos dos sistemas de navegação e direção, tanto do foguete, quanto dos módulos lunares.
Em seguida, a fabricante ainda construiu chassis, sistema de direção e baterias dos veículos lunares elétricos para as missões Apollo 15 a 17, nos anos de 1971 e 1972. Até então, os veículos lunares tinham capacidade de percorrer só oito quilômetros por causa das limitações técnicas.
De toda forma, agora é esperado que as tecnologias elétrica e autônoma permitam, assim, que os astronautas percorram grandes distâncias. E levem grandes cargas, portanto, em suas missões.
GM e Tesla irão à Lua
Além da GM, o programa Artemis também contará com outra fabricante conhecida do cenário automotivo. A SpaceX, que construirá uma das naves, é propriedade de Elon Musk, criador e chefão da Tesla.
Assim sendo, será função da SpaceX construir o módulo que permitirá que os astronautas saiam do foguete e pousem na Lua, em 2024.
Além dessa próxima missão tripulada ao satélite da terra, nos últimos anos a Audi criou alguns veículos para a Nasa. Falamos do pequeno Audi Lunar quattro, veículo de superfície para missões não-tripuladas na Lua.
Outro exemplo é o Audi Mars Rover, uma espécie de SUV “casca-grossa” que está previsto para ser utilizado em missões tripuladas ao planeta Marte. (Jornal do Carro)