Estradão
O Grupo Traton (que congrega as marcas MAN, Scania e Volkswagen Caminhões e Ônibus) vai investir cerca de € 1,6 bilhão (algo em torno de R$ 10,4 bilhões) em pesquisa e desenvolvimento de veículos elétricos. Os investimentos ocorrerão até 2025.
No entanto, a Traton revelou que, com os novos valores, o Grupo está disposto a reduzir outros investimentos. Sobretudo os direcionados ao desenvolvimento de veículos convencionais. Ou seja, caminhões e ônibus movidos à combustão.
Nesse sentido, a empresa quer que os veículos à combustão representem menos de um quinto do desenvolvimento de seus produtos nos próximos quatro anos. Isso significa que, até 2025, o desenvolvimento de produtos dedicados à mobilidade elétrica deve dobrar.
Marcas do Grupo Traton têm metas
As marcas do Grupo Traton estabeleceram metas concretas para o desenvolvimento de veículos com combustíveis alternativos. E isso vai ocorrer no período entre 2025 e 2030. Dessa forma, na Scania, os veículos elétricos representarão cerca de 10% das vendas da marca na Europa. Em 2030, a Scania estima que um a cada dois veículos vendidos da marca será movido a eletricidade.
Nesse sentido, metade dos ônibus da MAN também terá acionamento elétrico até 2025. Com relação aos caminhões, até 2030, a marca estima que 60% dos modelos dedicados à distribuição urbana sejam elétricos. E que 40% dos caminhões de longo curso tenham emissão zero no mesmo período.
No Brasil
Neste ano a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) com sede no Brasil, apresenta o primeiro caminhão elétrico da marca. O e-Delivery chegará em junho ao mercado. Vale ressaltar que a produção e desenvolvimento do veículo são 100% nacional.
A partir desse modelo, que será um caminhão médio, com peso bruto total (PBT) de 13 t, a fabricante possivelmente ampliará a gama. Trazendo novas versões e capacidades. A VWCO já desenvolveu e colocou em testes um caminhão elétrico de 11 t de PBT.
Traton aposta na tecnologia elétrica a bateria
Por meio de comunicado, a Traton informou que “quando se trata de tecnologias alternativas, o foco principal está em veículos elétricos a bateria. No entanto, a tecnologia de hidrogênio pode muito bem se destacar em alguns nichos.”
Ainda de acordo com o comunicado, a lucratividade de um caminhão elétrico, bem como a amortização de suas baterias se reduzem ao longo do uso constante. Especialmente no transporte de longa distância.
Para a Traton, os caminhões a hidrogênio também devem se firmar no mercado nos próximos dez anos. Os ônibus que rodam em longas distâncias, por exemplo, e que fazem breves paradas durante o trajeto, acabam não tendo tempo suficiente para fazer o recarregamento. Dessa forma, a tecnologia a hidrogênio pode ser de grande valia. (Estradão)