Nova Renault foca em elétricos

Jornal do Carro

 

“Renaulution” é o nome do novo plano estratégico global da Renault. Entre os pilares, a marca visa renovação de seus produtos até 2025. De acordo com informações da empresa, que inclui a marca Romena Dacia, uma das medidas é o lançamento de sete modelos elétricos.

 

Entre os destaques estão um SUV da Dacia batizado (ao menos por ora) de Bigster e o Renault 5 – releitura do R5.

 

O modelo original é da década de 1970. O novo será a versão final do Renault 5 Prototype que, como o nome sugere, ainda é um modelo conceitual.

 

As imagens do novo carro, contudo, revelam que se trata de um produto praticamente pronto para entrar em produção em série. E, assim como a

 

Fiat fez com o 500e, o modelo da Renault mistura estilo esportivo e charme retrô.

 

As linhas retas e “limpas” se destacam. Os detalhes contemporâneos, inclusive, estão por toda parte. Como, por exemplo, nos logotipos dianteiro e traseiro iluminados.

 

Diretor de design da Renault, Gilles Vidal diz que se baseou nos elementos de estilo do modelo original. É o caso da entrada de ar no capô – que esconde a base de recarga das baterias.

 

Os faróis de neblina incluem luzes de LEDS de uso diurno. E servem de moldura para a identificação do nome do carro – um singelo número cinco.

 

A Renault não revelou imagens do interior do modelo. Mas informações preliminares indicam que uma pequena tela transparente no painel projetará mensagens até mesmo para quem estiver fora do carro.

 

Não há detalhes sobre o sistema de propulsão elétrica. “Este protótipo incorpora a modernidade. É um veículo relevante para sua época: urbano, elétrico, atraente”, afirmou Vidal.

 

SUV da Dacia. Da Dacia, a nova aposta é no Bigster. Trata-se do conceito de um SUV médio que será lançado em breve.

 

O visual do modelo lembra o do compacto Duster (vendido no Brasil com a marca Renault). O Bigster, contudo, tem 4,6 metros de comprimento e é, portanto, 19 cm maior que um Jeep Compass.

 

Segundo informações da Dacia, o modelo marcará a entrada da romena no segmento de SUVS médios. Ainda assim, terá “preço de segmento inferior” e promete democratizar a oferta de utilitários-esportivos híbridos.

 

O Bigster é um dos três modelos inéditos que Dacia promete lançar até 2025. Pelas diretrizes da nova estratégia, a marca romena trabalhará em sinergia com a russa Lada, que no Brasil ficou conhecida por causa do jipinho Niva. Os modelos das duas empresas vão utilizar a mesma base modular CMF-B, que já serve à Renault.

 

O objetivo é reduzir os custos de produção. Em vez de utilizar quatro plataformas para fazer 18 carros diferentes, com a mesma base, a romena produzirá 11 modelos distintos.

 

Outra vantagem da CMF-B é a possibilidade de eletrificação. A arquitetura modular já prevê a utilização de baterias e sistemas híbridos, o que permitirá à Dacia criar o SUV híbrido de baixo custo. Assim, a marca poderá atender as novas leis de controle de emissões na Europa.

 

O programa “Renaulution” também inclui mudanças na Renault Sport. A partir de agora, o braço esportivo da marca passa a ser chamada de Alpine.

 

Além disso, a Renault Sport Cars e a Renault Sport Racing passam a ser uma única divisão. E fizeram um acordo com a lendária Lotus Cars para o desenvolvimento de esportivos elétricos com tecnologias testadas pela equipe Alpine F1.

 

Por isso, na categoria, a Renault Sports será substituída pela Alpine que, aliás, acaba de revelar o A521. O carro será pilotado pelo bicampeão Fernando Alonso e por Esteban Ocon.

 

Renault no Brasil

 

Por enquanto as mudanças feitas pela Renault não foram sentidas no Brasil. Em breve virá o novo Captur, com visual atualizado, motor 1.3 turbo com injeção direta e mais itens de série. Além da próxima geração de Logan e Sandero (com motor 1.0 turbo) e um SUV menor que o Duster. A principal aposta é no Kiger. (Jornal do Carro/Vagner Aquino)