Jornal do Carro
A BMW anunciou um recall envolvendo 26.900 veículos híbridos do tipo plug-in (de carregar na tomada) em todo o mundo. O comunicado foi feito após a descoberta de um problema na bateria que poderia causar curto-circuito e risco de incêndio.
No Brasil, o recall envolve 473 unidades. Os modelos são o i8 Roadster, 330e M Sport, 745Le M Sport, 530e M Sport, X5 xDrive45e M Sport, X3 xDrive30e, X3 xDrive30e X Line e Mini Cooper S E Countryman ALL 4, fabricados entre 2/3/2020 a 21/9/2020.
Em nota, a empresa afirma que “verificou-se a possibilidade de que, em função de eventual contaminação por impurezas decorrentes do processo de produção da bateria de alta voltagem, ocorra um possível curto-circuito quando estiver totalmente carregada”. A BMW ainda sugere que há risco de incêndio na bateria que pode levar a danos físicos e materiais graves ou fatais.
Recomendações imediatas dadas pela BMW
Para isso, a montadora recomenda que os proprietários não devem carregar seus veículos na rede elétrica. No comunicado há orientações para seguir, de acordo com os modelos, para modificar a configuração no display. Com o objetivo de que a carga da bateria de alta voltagem se mantenha em níveis mínimos.
Além disso, para toda a gama envolvida no recall, os proprietários não deverão utilizar as funções de trocas de marchas manuais. No modo Sport da alavanca de câmbio e nem as aletas de troca de marcha posicionadas atrás do volante. Conhecido como “câmbio borboleta”.
A fabricante afirma que está trabalhando para estabelecer as melhores medidas para reparo do defeito. Em breve, iniciará a segunda etapa do recall. Na qual serão feitos os agendamentos e trocas gratuitas do aparelho.
Em caso de dúvidas, a empresa disponibiliza seu Serviço de Atendimento ao Cliente BMW, pelo telefone 0800 019 7097. Ou o proprietário pode ligar para uma concessionária autorizada. Você confere as instruções para cada veículo envolvido no recall, assim como os chassis não sequenciais aqui.
Bateria é fornecida pela Samsung
De acordo com o relatório da Agência de Administração Nacional de Segurança Rodoviária dos EUA (NHTSA), a bateria é da Samsung. A BMW, no entanto, afirma que o problema pode ter ocorrido no momento da fabricação da bateria. “Durante a produção de células de bateria no fornecedor, os detritos podem ter conseguido entrar em uma ou mais células.”
Em agosto deste ano, a Ford solicitou o recall de mais de 20 mil veículos Kuga por risco de incêndio. A bateria também era fornecida pela Samsung, entretanto, a montadora não afirmou qual das duas empresas era a responsável pelo defeito.
As baterias de elétricos como o Hyundai Kona também estão sendo investigadas mundialmente por apresentarem risco de incêndio. Neste caso, o fornecedor é a LG Chem. (Jornal do Carro)