AutoIndústria
Luca De Meo, CEO global, utilizou canal da internet nesta quinta-feira, 15, para revelar que a Renault pretende zerar o impacto de emissões de CO2 em suas atividades na Europa até 2050. E bem antes disso, até 2030, reduzir pela metade os índices que detinha em 2010.
Boa parte dessas metas, calcula a empresa, será alcançada com o aumento da oferta de veículos elétricos e híbridos plug-in nos diversos países do continente. Já em 2022, todos os novos modelos do grupo terão versões elétricas ou eletrificadas.
A Renault já vendeu 350 mil veículos elétricos em todo o mundo desde que a primeira geração do compacto Zoe chegou às ruas, há dez anos. Hoje tem oito modelos elétricos, do urbano Twizy ao comercial leve Master, sem contar versões híbridas e híbridas plug-in recarregáveis de Clio, Captur, Mégane e Mégane Estate.
E outro elétricos está a caminho. O próprio De Meo tratou de apresentar, e confirmar o início de produção para o fim do ano que vem, o que ainda a empresa prefere chamar de show car, mas que já batizou de Mégane eVision.
O modelo, na verdade, é a evolução para um produto comercial do carro-conceito Morphoz, que seria uma das principais atrações da marca no cancelado Salão de Genebra, Suíça, e que acabou sendo revelado apenas por vídeos.
O Mégane eVision será fabricado inicialmente na França e adotará a plataforma CMF-EV, exclusiva para veículos elétricos e que servirá também para modelos da parceira mundial Nissan, que inclusive já apresentou o SUV Ariya com a mesma base.
O hatch de 4,21 metros de comprimento e 2,7 metros de entre-eixos contará com banco de baterias ultrafinas, de apenas 11 centímetros de altura, instaladas sob o assoalho. Por conta disso, afirma a Renault, “terá dimensões externas comedidas, mas com um conforto interno de nível recorde”.
O motor elétrico desenvolverá 220 cavalos e a tração será dianteira. Mas até seu lançamento devem ser desenvolvidas versões com diferentes tamanhos de bateria e potências.
De Meo: linha europeia completa com versões elétricas e híbridas a partir de 2022.
Durante a mesma transmissão, que marcou a abertura do eWays, evento digital de dez dias no qual a montadora pretende discutir a mobilidade elétrica, o grupo apresentou oficialmente o Dacia Spring, versão elétrica da segunda geração do Kwid.
Já à venda na China, chegará ao mercado europeu em 2021. Inicialmente, para serviços de compartilhamento e frotas, e já em 2022 como opção para o transporte privado.
Com quatro lugares e capaz de rodar até 295 km em ciclo urbano ou 225 km em trajetos que envolvem também estradas, o Spring será o elétrico mais barato oferecido na Europa, assegura a Renault. (AutoIndústria/George Guimarães)