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Um novo estudo sobre a emissão de gases poluentes por automóveis elétricos e movidos a combustíveis fósseis indicou que as opções elétricas são realmente menos poluentes que as convencionais quando se comparam veículos de mesma categoria. Basicamente, a pesquisa apontou inúmeras falhas em estudos anteriores conduzidos por montadoras e companhias do setor de petróleo e gás.
Desmistificando estudos anteriores
Ao longo dos anos, algumas montadoras e a indústria de combustíveis fósseis tentaram provar que carros elétricos não são menos poluentes que veículos que usam gasolina ou diesel, pois seu processo de fabricação utiliza energia elétrica suja, principalmente no que se refere à produção das baterias.
Agora, um estudo da Universidade Tecnológica de Eindhoven, na Holanda, pode desmascarar vários erros cometidos por análises anteriores. Pesquisadores destacaram seis problemas que indicam que carros elétricos são mais poluentes que os convencionais:
- exagerar sobre a quantidade de gases de efeito estufa emitidos na produção de baterias elétricas;
- subestimar a vida útil das baterias;
- não considerar a evolução no processo de fabricação das baterias durante a vida útil dos carros;
- fazer testes patrocinados pelos próprios solicitantes (montadoras e outras companhias);
- minimizar a emissão de poluição na produção de combustíveis fósseis;
- ignorar um ecossistema mais amplo quanto aos carros elétricos.
De acordo com os pesquisadores, os estudos anteriores ainda tiveram erros simples ao considerar a produção das baterias elétricas. Com a evolução no processo de fabricação, a energia necessária para a produção desses componentes caiu drasticamente, ao mesmo tempo em que a eletricidade usada vai continuar se descarbonizando.
Usando dados mais atuais, o novo estudo também determinou uma faixa entre 40 kg e 100 kg de CO2 por kWh emitidos por uma bateria elétrica em contraste com os 175 kg informados em um controverso estudo de 2017. Após corrigir todos os equívocos dos estudos patrocinados, os pesquisadores de Eindhoven descobriram que o Tesla Model 3, por exemplo, emite 65% menos gases poluentes que um Mercedes-Benz Classe C. (TecMundo/Ramalho Lima)