AutoIndústria
Os brasileiros compraram 1.264 veículos híbridos e elétricos em setembro, melhor resultado mensal da ainda curtíssima trajetória desses produtos no País. Nos primeiros nove meses de 2019, os emplacamentos superaram 5,4 mil automóveis, 0,3% do total de mais de 2 milhões de veículos no Brasil.
Mesmo com essa participação ainda marginal, automóveis híbridos e elétricos começam a despertar interesse de empresas que veem nos serviços de recarga uma oportunidade de negócio já hoje, mas especialmente no futuro, quando esses veículos representarem algumas dezenas de milhares de unidades negociadas ao ano.
Uma delas é a gaúcha Zletric, que decidiu entrar no segmento com investimento inicial de R$ 1,5 milhão para desenvolvimento e implementação de rede de 50 pontos de recarga nas regiões metropolitanas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A ideia, entretanto, é expandir a presença para outros estados – o Paraná será o próximo – e encerrar 2020 com cerca de 400 pontos. Ainda este ano serão instaladas estações em cidades dos litorais gaúcho e catarinense.
“O carro elétrico é e será o ponto central dessa revolução na mobilidade urbana, mas não podemos deixar de citar outros veículos elétricos, como motos, bicicletas, skates, patinetes e monociclos”, destaca Pedro Schaan, CEO da Zletric.
Numa primeira etapa, a prioridade será ampliar o número de cidades na Região Sul, ainda que, sabidamente, a maior parte da frota brasileira de elétricos e híbridos esteja concentrada no Estado de São Paulo, em particular, e no Sudeste. “Existem negociações em andamento para atendermos, em 2020, São Paulo, Interior de São Paulo e Sul de Minas”, reconhece Schaan.
Os equipamentos da empresa estão sendo instalados em locais como shoppings, estacionamentos e supermercados. “Privilegiamos momentos de recarga com duração maior do que 50 minutos. Por isso optamos por estações em locais em que nossos clientes dedicarão mais de seu tempo.”
Nos primeiros 6 meses da operação a Zletric, assegura Schaan, não cobrará pelo serviço de recarga nem pela energia utilizada. Após este período, serão adotados planos mensais ou pré-pagos. A tarifa vai variar em função do horário de utilização, tempo de parada, potência do equipamento e carga utilizada. Antes do início da recarga, o usuário é avisado, pelo aplicativo, qual a tarifa naquele momento.
Há estações para residências e corporativas. A operação utiliza aplicativo e QR Code, dispensa assim senhas, tags ou token. O pagamento é feito por meio de cartões de crédito, paypal ou voucher. (AutoIndústria/George Guimarães)