Investimentos e Notícias
Com 391.188 bicicletas produzidas no primeiro semestre deste ano, as fabricantes instaladas no Polo Industrial de Manaus – PIM superaram em 17,8% o volume atingido no mesmo período do ano passado (332.018 unidades). Os dados são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo.
Em junho saíram das linhas de montagem 58.467 unidades, correspondendo a uma alta de 14,8% ante as 50.929 bicicletas produzidas no mesmo mês de 2018. Esse foi o melhor resultado para junho desde 2016, quando foram fabricadas 64.338 unidades. Em relação a maio, houve queda de 20,2% (73.299 unidades).
Para Cyro Gazola, vice-presidente do Segmento de Bicicletas da Abraciclo, os resultados dos seis primeiros meses do ano trazem boas perspectivas para o setor no segundo semestre. “Teremos lançamentos tanto no que se refere a produtos quanto à aplicação de novas tecnologias, que vão impactar no aumento do desejo de compra dos consumidores”, afirma. Gazola lembra que as bicicletas fabricadas atualmente no PIM são produtos de médio e alto valor agregado, reunindo o que há de mais avançado em termos de tecnologia e, com isso, garantindo qualidade, segurança e eficiência para o desempenho dos ciclistas brasileiros.
A projeção da Abraciclo para 2019 é de 857 mil bicicletas produzidas no PIM, representando uma alta de 10,8% na comparação com 2018, de 773.641 bicicletas.
No primeiro semestre a Mountain Bike (MTB) foi a categoria mais produzida no PIM, com 207.336 unidades e 53% de participação. Na sequência vieram Urbana, com 33,8% (132.387 unidades); Infanto-Juvenil, com 11,9% (46.559); Estrada, com 1% (3.796) e Elétrica, com 0,3% (1.110).
De acordo com a Abraciclo, a produção da categoria MTB vem crescendo principalmente porque envolve um tipo de bicicleta que passou a ser utilizado também nas cidades, apesar de sua aplicação clássica como veículo off-road.
As posições foram mantidas no resultado de junho. A Mountain Bike atingiu 25.394 unidades, alta de 3,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado (24.558) e redução de 28% ante maio (35.268). A segunda posição do ranking ficou com a Urbana, com 18.549 unidades, alta de 28% ante as 14.490 unidades de junho de 2018 e queda de 35,2% em relação ao mês anterior (28.609 unidades).
A Infanto-Juvenil obteve o terceiro lugar com 13.721 unidades, crescimento de 19,7% em relação a junho do ano passado (11.460 unidades) e de 54,4% na comparação com maio do presente ano (8.886 unidades). Na sequência veio a Estrada, com 737 unidades, volume 75,1% superior ao registrado no mesmo mês de 2018 (421 unidades) e 48,3% maior que maio (497 unidades).
A categoria Elétrica, que passou a ser incluída no ranking mensal da Abraciclo neste ano, atingiu 66 unidades, aumento de 69,2% na comparação com o mês anterior (39 unidades).
Importação e exportação
Segundo dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat analisados pela Abraciclo, no primeiro semestre foram importadas 24.432 bicicletas em todo o território nacional, correspondendo a um recuo de 53,5% ante as 52.561 unidades registradas no mesmo período de 2018. A China, com 18.054 unidades, respondeu pelo maior volume (73,9%). Em segundo lugar ficou Taiwan (3.619 unidades e participação de 14,8%) e em terceiro, Portugal (1.754 unidades e 7,2%).
Ainda de acordo com o levantamento, em junho, isoladamente, a importação de bicicletas somou 3.695 unidades no Brasil. A China também liderou este ranking, com 2.429 unidades e 65,7% de participação, seguida por Taiwan (989 unidades e 26,8%) e Portugal (261 unidades e 7,1%).
Também a partir de dados do portal Comex Stat, de janeiro a junho foram exportadas 8.792 bicicletas, representando um aumento de 186,8% ante as 3.066 unidades registradas no mesmo período de 2018. A Argentina foi o principal destino, com 3.650 unidades e 41,5% de participação, seguida por Chile (2.615 unidades e 29,7%) e Paraguai (787 unidades e 9%).
No resultado isolado de junho, as exportações somaram 938 unidades. O Chile foi o principal destino com 867 unidades e participação de 92,4%, seguido pela Bolívia (48 unidades e 5,1%) e Guiana (20 unidades e 2,1%). (Investimentos e Notícias)