BYD alcança marca histórica: 50 mil ônibus 100% elétricos produzidos em 9 anos

Diário do Transporte

 

A BYD, gigante global pioneira em energia limpa, comemorou uma marca histórica no dia 18 de janeiro de 2019.

 

Nesse dia a empresa chinesa anunciou a produção de seu 50.000º ônibus 100% elétrico.

 

O feito ocorre nove anos após o início de sua linha de produção.

 

O veículo que concretizou a marca histórica é um BYD K9UB 100% elétrico de 12 metros, que foi exportado para a Espanha.

 

Com um estilo totalmente novo e capacidade para 80 passageiros, o veículo saiu direto da instalação de testes da BYD em Hangzhou, China, para a TUBASA, operadora de transporte público pertencente ao Grupo Ruiz, um dos principais grupos de transportes rodoviários de passageiros da Espanha.

 

A expectativa é de que na primavera europeia ele comece a operar em Badajoz, cidade no sudeste da Espanha.

 

Espanha

 

A BYD entrou no mercado de ônibus elétricos espanhol em 2017, e já coleciona pedidos em várias cidades, tais como Valencia, Saint Cugat, Badalona e Badajoz.

 

Wang Chuanfu, presidente da BYD, afirma que a empresa “estabeleceu um ‘padrão ouro’ para o mercado de ônibus 100% elétricos devido à qualidade de seu produto, à cadeia de fornecimento e soluções de produtos completos e às tecnologias de ponta das baterias, motores, controles eletrônicos, etc. Isso é um avanço para a industrial de veículos elétricos não apenas da China, mas de todo o mundo”.

 

Em abril de 2018 a gigante global especializada em energia limpa já havia assinado com a TUSGSAL, operadora de transporte público da Catalunha, um contrato para a entrega de oito ônibus de 12 metros, 100% elétricos, para Badalona, província de Barcelona. A entrega dos veículos está prevista para o início de 2019.

 

Em julho do mesmo ano a BYD anunciou a venda de 15 ônibus do mesmo modelo, para operação na cidade de Badajoz também em 2019.

 

Os veículos foram encomendados pela TUBASA, que atualmente detém a concessão do transporte público em Badajoz, contrato que segue até o ano de 2037. A operadora conseguiu prorrogar a concessão por dez anos, com o objetivo de financiar a renovação da frota e as novas linhas da cidade.

 

Em 2017, a BYD venceu concorrência para entrega de um ônibus elétrico de 12 metros para a operadora de ônibus EMT, em Valência.

 

Nove anos de produção

 

“Desde a produção do primeiro BYD K9 em 2010 na cidade de Changsha, a BYD tem defendido ativamente a adoção de veículos de energia limpa”, informa comunicado da empresa.

 

Em 2010, para reduzir a poluição ambiental, a BYD propôs sua “Estratégia de Eletrificação do Transporte Público”.

 

Já em 2011, com Shenzhen como sede do 26º FISU (Summer Universidade), 200 veículos BYD K9 100% elétricos entraram em operação na cidade, evento que tornou a BYD a primeira empresa do mundo a comercializar ônibus de energia limpa.

 

“Hoje, os ônibus elétricos da BYD não são comuns apenas nas grandes cidades chinesas como Pequim, Guangzhou, Shenzhen, Tianjin, Hangzhou, Nanquim, Changsha e Xian, mas também em cidades de médio e pequeno porte do país. Além disso, a base de clientes internacionais para ônibus 100% elétricos da BYD também tem crescido gradualmente desde que o primeiro lote de 35 ônibus elétricos foi exportado para o aeroporto Schiphol, de Amsterdã, em 2013”, afirma comunicado da empresa chinesa.

 

Entre eles estão a Transport for London, a Los Angeles Public Transport Co., o aeroporto de Sidney, a universidade de Stanford e o Facebook.

 

Presente em cinco continentes, mais de 50 países e em cerca de 200 cidades, e tendo entre seus sócios o americano Warren Buffet, a BYD conta com mais de 220 mil funcionários distribuídos em 40 fábricas ao redor do globo (sendo 20 mil engenheiros pesquisadores).

 

No Brasil, a BYD abriu sua primeira fábrica em 2015 para produção de ônibus elétricos e comercialização de veículos e empilhadeiras em Campinas, interior de São Paulo. Em abril de 2017, neste mesmo local, inaugurou sua planta de produção de módulos fotovoltaicos. A BYD Brasil já emprega mais de 300 funcionários nas cidades de Campinas e São Paulo. (Diário do Transporte/Alexandre Pelegi)