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A procura por soluções para a poluição e o respectivo aquecimento global vem preocupando especialistas, sociedade e governos nas últimas décadas.
Movimento intensificado com os alarmantes relatórios do Painel Inter-Governamental sobre Mudanças Climáticas que, entre outras coisas, culpa a humanidade por essas mudanças e deixa claro que caso não ocorram transformações drásticas na forma de vida e consumo das nações, essas mudanças serão imutáveis e definitivas para a vida na Terra.
Com isso vários tipos de atitudes estão sendo tomadas, como à busca por reduzir o consumo de combustíveis fósseis em diversas partes da cadeia produtiva, como nos automóveis, na produção de energia, na reutilização de resíduos, entre outros.
Uma pergunta pode então ser feita, que é como causar uma redução drástica na produção de poluição pela humanidade? Como fazer com que os carros parem de ser tão nocivos para todos nós?
Uma solução dupla e que parece uma ótima ideia é, criar carros que funcionem diretamente com energia solar. Uma grande ideia, até porque até mesmo os carros elétricos demandam a utilização de caras e pesadas baterias, que cedo ou tarde precisam ser descartadas. Entretanto, nada pode ser feito de maneira instantânea e intempestiva.
A tecnologia de produção de energia solar ainda tem um grande caminho para chegar ao ponto de produzir o necessário para carros em escala industrial, e explicaremos os motivos disso, assim como em qual estágio está o desenvolvimento de tecnologias que tornem esse sonho uma realidade a médio prazo.
No entanto, a tecnologia à nossa disposição no momento ainda não permite que aproveitemos a energia solar de forma que a energia captada por um único carro possa movê-lo.
Já existem aeronaves bem leves e drones que usam a energia solar para funcionar, mas carros são muito pesados e consomem muita energia e seria muito caro para os consumidores ter um veiculo como esse.
Segundo especialistas, um metro quadrado de área pode ser utilizado no máximo para captar 1 quilowatt (KWh) de energia ao longo de um dia, mas nenhuma tecnologia consegue ainda aproveitar toda essa energia.
Uma inovadora e ousada startup da Alemanha chamada Sono Motors, fabrica um modelo de carro movido a energia solar de nome Sion, que segundo os seus projetistas, é capaz de utilizar até um quarto dessa energia potencial. Se isso for posto em prática em um carro com 4m² de painéis de captação de energia solar poderia produzir 8 KWh / dia de energia.
Essa capacidade seria capaz de razoável autonomia. No modelo elétrico Nissan Leaf, um dos mais leves do mercado, essa energia teria duração de apenas 40 km. Essa autonomia não é nem tão desprezível, já que alguém poderia fazer um ou dois trajetos importantes diários com esse desempenho, mas ainda seria muito difícil produzir esse modelo, já que a produção em larga escala seria economicamente inviável.
As tecnologias mais viáveis financeiramente no que se refere a carros solares atualmente só conseguem no máximo transformar 33% da energia captada em eletricidade. As tecnologias para alcançar 44% de aproveitamento de energia solar em eletricidade encarecem ainda mais a produção, fazendo que essa tecnologia seja proibitiva para a grande maioria da população.
Esse dilema só vai ser resolvido quando houver um maior investimento em pesquisa tecnológica, para que materiais mais baratos sejam descobertos e que os carros sejam mais leves e precisem de menos energia para funcionar, tanto no aspecto aerodinâmico, como no que se refere à tecnologia de tração.
Ao mesmo tempo painéis solares mais leves, baratos, duradouros e com maior desempenho de captação e conversão energética também precisam ser desenvolvidos. (Portal Energia)