Reuters
A General Motors disse nesta sexta-feira que quer que a administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apoie um programa nacional para impulsionar a venda de veículos não poluentes, como carros elétricos, mesmo que o governo tenha proposto acabar com a capacidade da Califórnia de exigir veículos mais limpos.
A GM diz que um programa nacional baseado nos esforços da Califórnia poderia resultar em 7 milhões de veículos elétricos nas estradas norte-americanas até 2030. A maior montadora dos EUA disse que os requisitos não se aplicariam se “custo das baterias ou as metas de infraestrutura não forem viáveis dentro do período”.
Mark Reuss, diretor de produtos da GM, disse a repórteres que governos e indústrias na Ásia e na Europa “estão trabalhando juntos para aprovar políticas para acelerar a mudança para um futuro totalmente elétrico. É muito simples: os EUA têm a oportunidade de liderar as tecnologias do futuro”.
Um projeto nacional também criaria empregos e reduziria tanto o consumo de combustível quanto emissões de gás carbônico e “tornaria os veículos elétricos mais acessíveis”, acrescentou Reuss. A GM disse que planeja oferecer modelos elétricos até 2023 globalmente.
A administração Trump, em agosto, propôs reverter as regras de combustível da administração Obama e congelar os padrões de 2020 até 2026. O governo também está considerando eliminar todos os créditos de conformidade de emissões que as montadoras recebem para construir modelos elétricos.
Montadoras e outros têm até sexta-feira para apresentar comentários sobre as revisões de emissões propostas. Grandes fabricantes afirmam que não suportam os requisitos de congelamento.
Um plano de âmbito nacional para veículos elétricos daria às montadoras mais flexibilidade para atender a uma única meta nacional, em vez de exigências específicas em cada Estado, disse a GM.
A administração Trump critica o projeto da Califórnia, dizendo que exige que as montadoras gastem dezenas de bilhões de dólares em veículos em desenvolvimento que a maioria dos consumidores não quer, apenas para vendê-los com prejuízo. (Reuters/David Shepardson)