O Estado de S. Paulo
O Brasil caminha lentamente para a eletrificação da frota de ônibus, mas há chances de que, nos próximos anos, a presença desse tipo de veículo aumente pelo menos na cidade de São Paulo. A nova licitação de ônibus urbanos, ainda a ser aprovada, estabelece que, num prazo de dez anos, a frota em circulação reduza as emissões atuais de CO² em 50% e chegue a zero em 20 anos.
A norma não impõe a tecnologia a ser adotada, portanto podem ser usados veículos híbridos (que rodam com eletricidade e diesel), gás natural ou os 100% elétricos, entre outras alternativas. A frota atual, quase toda movida a diesel, é de 14,4 mil ônibus.
O diretor da montadora chinesa BYD, Adalbeto Maluf, afirma que só veículos elétricos serão capazes de cumprir a meta de emissão zero. O grupo chinês tem uma fábrica em Campinas (SP) que produz ônibus elétricos e deve vender este ano cerca de 80 a 100 unidades. A capacidade atual da fábrica é de 300 unidades/ano.
O País tem no máximo 300 veículos de transporte urbano movidos a eletricidade, dos quais 200 são trólebus produzidos há vários anos pela Eletra, de São Bernardo do Campo (SP). Esse tipo de veículo depende de rede de energia – que é transferida ao veículo por duas hastes instaladas no teto.
A Eletra também produz modelos convencionais, mas apenas duas unidades estão rodando em testes, um deles no câmpus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), abastecido com energia solar. Outro está na frota da empresa Metra Transportes, em São Paulo. .
A Volkswagen Caminhões e Ônibus também estuda a produção futura de ônibus elétricos. Em 2020, a empresa iniciará a produção comercial de caminhões elétricos em sua fábrica de Resende (RJ). (O Estado de S. Paulo/Cleide Silva)