Diário do Transporte
A Prefeitura de São Paulo entregou nesta segunda-feira, 10 de julho de 2017, à Câmara Municipal a nova versão do Plano de Metas, elaborada após participação popular, sugestões e pressões por parte da sociedade civil e também de parlamentares.
O Diário do Transporte teve acesso à íntegra das 53 metas centrais definidas para o período de 2017 a 2020. A nova versão é mais consistente do que a primeira e traz dados concretos de previsões de ações como a implantação de 72 quilômetros de corredores de ônibus e apresenta uma novidade: índices de redução de poluição para a frota dos ônibus da capital paulista.
O documento total tem de 517 páginas que foram analisadas pela reportagem do Diário do Transporte
Sobre as metas de redução de poluição, a Prefeitura de São Paulo propõe que até 2020 os ônibus emitam 15% menos de CO2 , o equivalente a 156.649 toneladas; redução 50% das emissões de materiais particulados e de 40% – 1999 toneladas de NOx.
O plano, entretanto, não traz o detalhamento de como essas metas serão atingidas, mas dá a entender que é pela eficiência energética, renovação de frota e implantação de modelos de ônibus menos poluentes.
Em relação aos corredores de ônibus, a gestão Dória prevê 72km de novos espaços e também requalificações. A ação está dentro da Meta 27, que propõe aumentar em 7% o uso do transporte coletivo em São Paulo até 2020. Isso significaria subir dos atuais 2,653 passageiros equivalentes por habitante para 2,840 passageiros equivalentes por habitante.
Os corredores estariam localizados nas regiões das prefeituras regionais de Aricanduva, Butantã, Campo Limpo, Cidade Tiradentes, Guaianases, Ipiranga, Itaim Paulista, Itaquera, M Boi Mirim, São Mateus e Vila Prudente.
Até 2020, a Prefeitura de São Paulo também quer construir dois terminais de ônibus, ambos na zona leste, no Itaim Paulista e em Itaquera
A realização da licitação dos transportes coletivos também faz parte dos planos da prefeitura.
Dentro do projeto 41, na meta 27, denominada Transporte Meu, a prefeitura quer ao menos quatro mil o ônibus zero km na cidade até 2020; Também está prevista uma frota de seis mil ônibus com ar-condicionado, tomadas USB e wi-fi.
Até 2020, todos os ônibus de São Paulo devem ser acessíveis e a frota deve oferecer 50 mil lugares a mais no período de pico da manhã.
O plano, ainda na área de mobilidade, também prevê redução acidentes para o índice de até 6 mortes por 100 mil habitantes e aumentar em 10% a mobilidade ativa. Devem ser criadas pesquisas de mobilidade e aplicativos mais modernos para a população monitorar o transporte coletivo. (Diário do Transporte/Adamo Bazani)