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SUV, Sivinho, Suvão… estamos na quarta temporada em que esta sigla e toda e qualquer derivação dominam salões, lançamentos e projetos automotivos. Já era hora de surgir um respiro, uma quebra na onda e Genebra é o evento responsável por isso: claro, há muita novidade em termos de utilitários esportivos, mas as fabricantes ousaram olhar para um outro lado no requintado salão suíço e indicam uma nova geração de sedãs de luxo com um toque de cupê.
Claro, a ideia não é nova: a Mercedes-Benz inaugurou o estilo “sedã-cupê” contemporâneo com seu primeiro CLS, em 2004. Depois vieram Volkswagen (Passat CC) e Audi (A5 e A7 Sportback) e, finalmente, Porsche Panamera. Este último recebeu enxurrada de críticas de puristas, mas é o mais bem sucedido da leva toda (é um sucesso de vendas dentro da Porsche, também).
Pois agora, em 2017, cabe novamente a um trio alemão dar “o próximo passo”, como a Mercedes-Benz chama seu belíssimo protótipo AMG GT Concept. Ao lado dela, a Volkswagen mostra o instigante Arteon e a Opel (agora uma marca do grupo francês PSA) expande a linha Insignia com o GS.
Quatro portas e um quê de F1
Tendo o mais ancião dos sedãs executivos de luxo (outro nome para o estranho nicho de cupês de quatro portas), a Mercedes decidiu radicalizar e entregar o desenvolvimento do próximo modelo para a divisão de performance AMG. O resultado é intrigante em todos os sentidos: o nome GT Concept é repetido, mas não diz respeito ao cupê esportivo que já tem variações de 468 a 585 cavalos. Aqui falamos de um modelo de quatro portas, quatro bancos individuais… e um visual ainda mais bonito (mas também muito mais próximo dos carros da Porsche, algo que sempre se falou da linha AMG GT).
A motorização é híbrida: inclui o V8 4.0 biturbo do esportivo de duas portas, mas com reforço do sistema elétrico EQ Power, como em carros de Fórmula 1 da equipe Mercedes. A potência final não foi divulgada.
Arte-quem?
Arteon é o nome do substituto do CC (antigo Passat CC), mais um projeto de quase dez anos que vai dar adeus ao cenário automotivo. Também feito sobre a base MQB, a mais versátil da Volkswagen, o novo sedã-cupê promete ter mais de seis opções de motorização turbo, a gasolina ou diesel, sendo a mais poderosa a 2.0 turbo de 284 cv.
Também promete ser maior que a linha Passat, podendo chegar aos 4,80 m de comprimento, mas também muito mais caro, passando dos 50 mil euros (cerca de R$ 166 mil limpos). Claramente, trata-se de um novo topo para a Volkswagen, mas sem o peso de ter um sedã tradicional de alto luxo (lembra do malfadado Phaeton?)
É também o mais instigante carro da nova escola de design da Volks, chamada de Tornado e desenvolvida pelo chefe de estilo da marca, Klaus Bischoff. Esse estilo prega frente em forma de focinho (abruptamente mais baixa que o capô), faróis e grade integrados (inclusive nos frisos que percorrem as duas peças) e caixas de rodas salientes). Passat e novo Tiguan iniciaram o estilo, mas sem o vigor e charme mostrados agora pelo Arteon.
Grand Sport
Terceiro pilar desta nova fase dos cupês executivos de quatro portas, o alemão Opel Insignia GS tem jeitão de Mazda, mas também remete aos atuais modelos da Cadillac (o que entrega a origem GM… o modelo é anterior ao domínio da PSA sobre a Opel, claro).
Mais sóbrio dos três modelos, o Insignia GS também é muito mais acessível que o Arteon, custando pouco mais de 17 mil libras, cerca de R$ 65 mil.
Faltou o Panamera aqui, certo? De fato, não, já que o modelo teve sua renovação no final de 2016. De toda forma, a Porsche marcou presença em Genebra mostrando seu Panamera Sport Turismo, com grande tampa traseira, borda de carga baixa, e mantendo o conceito de acomodação de passageiros 4+1. Mas é uma perua, sendo portanto outro assunto. (UOL Carros)