Blog do Caminhoneiro
Nas duas últimas décadas, a indústria automotiva vem equilibrando dois objetivos conflitantes: reduzir as emissões e melhorar a eficiência do consumo de combustível. Até agora, as emissões foram a prioridade, mas com os motores diesel de hoje mais limpos do que nunca, toda a indústria está mudando o foco para o consumo de combustível.
Desde o início da década de 1990, as normas e regulamentações de emissão, como o Euro e o US10, viram as emissões de NOx (Óxidos de Nitrogênio) diminuírem mais de 95%. No entanto, estas reduções também tiveram um efeito negativo sobre a eficiência do motor devido à conta entre emissão de NOx e consumo de combustível.
A maioria dos OEMs (fabricantes de equipamentos originais) conseguiram obter ganhos de eficiência em outras áreas para compensar isso, de modo que o consumo geral de combustível não aumentou. No entanto, isso significou que o ritmo de redução do consumo de combustível diminuiu nos últimos anos. Até agora. Com as emissões tão baixas, as autoridades governamentais e reguladores em todo o mundo estão deslocando a sua atenção sobre as emissões de CO2 e eficiência de combustível.
Por exemplo, nos EUA, foram introduzidas as normas de emissões de fase dois para veículos pesados. Segundo os novos regulamentos, todos os caminhões construídos a partir de 2021 precisarão emitir pelo menos 24% menos CO2 do que os modelos 2018. Legislação semelhante também está sendo colocada em prática na UE, Japão e China. A Comissão Europeia desenvolveu a VECTO, uma ferramenta de simulação por computador para medir as emissões de CO2, que permitirá certificar, monitorar e comparar o consumo de combustível de diferentes modelos de caminhões.
Mas como isso afetará o desenvolvimento do caminhão? O programa SuperTruck I do Departamento de Energia dos EUA pode oferecer um vislumbre do possível futuro de caminhões pesados. O programa reúne parceiros industriais e fabricantes, para desenvolver e conceber novos conceitos com o objetivo de aumentar a eficiência do transporte de mercadorias em 50%. Algumas das melhorias incluem o uso de materiais leves, superfícies aerodinâmicas altamente projetadas, pneus de baixa resistência à rolagem, uso de equipamentos de otimização de inércia e sistemas de recuperação de calor residual. (Blog do Caminhoneiro)